Banco do Brasil vai pagar R$ 1 bi em JCP

O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou a aprovação da distribuição de R$ 1,007 bilhão em juros sobre o capital próprio (JCP) aos acionistas, referentes ao quarto trimestre de 2024. O montante equivale a R$ 0,17649109403 por ação e será pago em 27 de dezembro de 2024, com base na posição acionária de 11 de dezembro. A partir de 12 de dezembro, as ações passarão a ser negociadas ex-direitos.

Essa distribuição segue o cronograma de pagamentos previamente divulgado em fevereiro deste ano, conforme informou o banco estatal.

No terceiro trimestre, o Banco do Brasil reportou um lucro líquido ajustado de R$ 9,515 bilhões, representando um crescimento de 8,3% em relação ao mesmo período de 2023 e uma leve alta de 0,1% na comparação com o trimestre anterior.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) atingiu 21,1% no período, apresentando uma queda de 0,14 ponto percentual em um ano e de 0,46 ponto em três meses. No acumulado do ano, o ROE ficou em 21,5%, um aumento de 0,15 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2023.

Banco do Brasil (BBAS3)

A carteira de crédito do banco cresceu 13% em um ano, totalizando R$ 1,205 trilhão. Os principais destaques foram os segmentos de pessoa jurídica e agronegócio, que apresentaram altas de 13,5% e 13,7%, respectivamente. O agronegócio, que corresponde a cerca de um terço da carteira, continua associado a uma baixa taxa de inadimplência.

Apesar disso, a inadimplência geral, considerando atrasos superiores a 90 dias, subiu para 3,3% em setembro, um aumento de 0,53 ponto percentual em um ano e de 0,33 ponto em três meses.

A margem financeira alcançou R$ 25,870 bilhões no trimestre, uma alta de 9,3% em relação ao mesmo período de 2023. Esse avanço foi impulsionado pela captação institucional, que registrou crescimento de 10,9%.

A margem com clientes somou R$ 20,797 bilhões, um aumento de 1,1% em um ano e de 4,8% no trimestre. Por outro lado, o resultado da tesouraria caiu 16,8% em um ano, fechando em R$ 10,868 bilhões.

Os números reforçam a posição do Banco do Brasil como um dos principais agentes financeiros do país, com destaque para o fortalecimento de sua carteira de crédito e consistência nos resultados financeiros.