Conecte-se conosco

Economia

Inflação: Mercado financeiro eleva previsão de 4,63% para 4,71%

Levantamento do Boletim Focus.

Publicado

em

Bancos se preparam para estender carência aos clientes por conta da 2ª onda da pandemia

A previsão do mercado financeiro para a inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu de 4,63% para 4,71% em 2024, segundo o Boletim Focus divulgado dia 2 pelo Banco Central. Para 2025, a projeção foi ajustada de 4,34% para 4,4%, enquanto as estimativas para 2026 e 2027 são de 3,81% e 3,5%, respectivamente.

A meta de inflação para 2024, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, resultando em um teto de 4,5%. A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua, que fixa o centro da meta em 3%, com a mesma margem de tolerância.

Em outubro, o IPCA registrou alta de 0,56%, influenciada pelos gastos com habitação e alimentos, após avançar 0,44% em setembro. No acumulado de 12 meses, a inflação chegou a 4,76%, segundo o IBGE. Os dados de novembro serão divulgados no dia 10 de dezembro.

Juros básicos

Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa Selic como principal ferramenta, atualmente fixada em 11,25% ao ano. A decisão de aumentar os juros na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) foi impulsionada pela alta do dólar e incertezas econômicas globais. Após permanecer em 13,75% ao ano por um ano, a Selic passou por cortes e chegou a 10,5% antes de retomar sua trajetória de alta.

A próxima reunião do Copom, marcada para os dias 10 e 11 de dezembro, deve trazer novo aumento. O mercado financeiro prevê que a Selic encerre 2024 em 11,75% ao ano, suba para 12,63% em 2025 e recue para 10,5% e 9,5% em 2026 e 2027, respectivamente.

A elevação da Selic tem como objetivo conter a demanda, encarecendo o crédito e estimulando a poupança, o que ajuda a controlar os preços. Por outro lado, juros mais altos podem restringir o crescimento econômico, enquanto cortes na taxa incentivam o consumo e a produção, favorecendo a atividade econômica, mas com menor controle sobre a inflação.

PIB e câmbio

A projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024 foi ajustada de 3,17% para 3,22%. No segundo trimestre, a economia avançou 1,4% em relação ao primeiro trimestre e 3,3% na comparação anual, segundo o IBGE. Para 2025, a estimativa de crescimento é de 1,95%, com expansão de 2% prevista para 2026 e 2027.

Em 2023, a economia brasileira superou expectativas, crescendo 2,9% e alcançando um valor total de R$ 10,9 trilhões. Em 2022, o crescimento foi de 3%. No câmbio, a expectativa é que o dólar termine 2024 cotado a R$ 5,70 e 2025 a R$ 5,60.

(Com Agência Brasil).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

Publicidade

MAIS ACESSADAS