Economia
Copom eleva taxa Selic para 12,25% ao ano
Comitê de Política Monetária.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros, a Selic, para 12,25% ao ano, em uma decisão unânime anunciada dia 11. O aumento de 1 ponto percentual surpreendeu o mercado financeiro, que previa uma alta de 0,75 ponto. O ajuste reflete preocupações com a alta do dólar, o aumento dos preços dos alimentos e as incertezas fiscais e econômicas globais.
Em comunicado, o Copom justificou a decisão apontando os impactos das recentes medidas fiscais do governo e os desafios impostos pela economia internacional. “Os desenvolvimentos da política fiscal têm gerado impactos relevantes nos preços de ativos e nas expectativas dos agentes econômicos, influenciando a dinâmica inflacionária”, destacou o texto. O comitê também indicou que, se as condições atuais persistirem, a Selic poderá ser elevada em 1 ponto percentual nas reuniões de janeiro e março, que já contarão com Gabriel Galípolo na presidência do BC.
Essa foi a terceira alta consecutiva da Selic, que retorna ao patamar registrado em dezembro de 2023. O movimento marca a inversão de um ciclo de cortes iniciado em agosto de 2023, quando a taxa foi reduzida de 13,75% para 10,5% ao longo de seis cortes consecutivos. Desde então, o Copom optou por manter e, posteriormente, elevar os juros diante de pressões inflacionárias renovadas.
Copom eleva a Selic
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para conter a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em novembro, o IPCA registrou alta de 0,39%, influenciado pela queda nos preços de combustíveis e pela bandeira verde nas contas de luz, mas pressionado pela alta nos alimentos e passagens aéreas. O índice acumula alta de 4,87% em 12 meses, acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%.
No último relatório de inflação, o Banco Central projetou que o IPCA alcançará 4,9% em 2024, superando o teto da meta de 4,5%. Para 2025, a estimativa é de 4,5%, enquanto, para o segundo trimestre de 2026, espera-se uma redução para 4%. Essas projeções consideram o impacto prolongado da alta do dólar e da seca sobre os preços. Já o mercado financeiro, por meio do boletim Focus, prevê inflação de 4,84% em 2024, refletindo um cenário de pressão inflacionária contínua.
A elevação da Selic também tem impacto direto sobre o crédito. Juros mais altos encarecem o financiamento e desestimulam o consumo, enquanto favorecem a poupança, em uma tentativa de conter o excesso de demanda que pressiona os preços. Por outro lado, o aumento do custo do crédito pode desacelerar a economia, impondo desafios adicionais ao crescimento econômico.
Perspectivas para o crescimento
Apesar do ambiente de juros elevados, o mercado projeta crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,39% em 2024, impulsionado por um desempenho melhor do que o esperado no segundo trimestre deste ano, quando a economia cresceu 0,9%. Contudo, o impacto da política monetária restritiva sobre o consumo e o investimento segue como um ponto de atenção para analistas e formuladores de políticas econômicas.
O próximo passo do Copom será monitorar a evolução dos cenários fiscal e inflacionário antes das reuniões programadas para o início de 2025, quando novos ajustes na Selic poderão ser implementados.
(Com Agência Brasil).

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