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Mercado de Trabalho

Ao contrário do que muitos pensam, fazer hora extra não melhora os resultados

Estudo da Pipedrive revela que horas extras afetam produtividade e reduzem bem-estar mesmo em cargos de liderança.

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As pequenas e médias empresas (PMEs) têm como marca o ritmo intenso e acelerado, típico de negócios que buscam crescer rapidamente em um mercado competitivo. Contudo, essa intensidade muitas vezes vem acompanhada de um problema recorrente: jornadas de trabalho excessivamente longas.

Um estudo da Pipedrive revelou que 69% dos profissionais dessas empresas trabalham além do expediente regularmente. O tempo adicional, em alguns casos, ultrapassa 16 horas por semana, transformando jornadas planejadas para terminar às 18h em extensões que chegam até as 21h12.

Essa prática não é exclusiva de funcionários de base. Gestores, fundadores e presidentes também acumulam horas adicionais, especialmente em mercados como os Estados Unidos e o Reino Unido.

Em muitos casos, acredita-se que trabalhar mais seja sinônimo de eficiência e comprometimento. Contudo, os dados sugerem o oposto: o esforço excessivo pode ser um obstáculo à produtividade e à qualidade de vida.

Horas extras não garantem resultados melhores

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Setores como vendas e tecnologia lideram no número de horas extras, com jornadas que frequentemente ultrapassam 16 horas semanais nos Estados Unidos e Reino Unido. (Foto: ckstockphoto/Canva Pro)

Contrariando a lógica tradicional de “quanto mais trabalho, maior a produtividade”, o estudo mostrou que as horas extras podem prejudicar o desempenho.

Entre os profissionais que não fazem horas adicionais, 66% atingem suas metas regularmente, enquanto esse índice cai para 60% entre aqueles que trabalham até 15 horas extras por semana.

O cenário piora para os que ultrapassam 16 horas extras: apenas 58% conseguem alcançar seus objetivos.

Além disso, o impacto psicológico e emocional também é significativo. O acúmulo de horas extras está diretamente relacionado a menores índices de satisfação profissional.

Enquanto 42% dos trabalhadores que cumprem horários regulares classificam sua qualidade de vida como “muito boa”, apenas 12% dos que excedem regularmente a jornada compartilham dessa percepção.

Equilíbrio é a chave para melhores resultados

A pesquisa também apontou caminhos que podem melhorar o desempenho nas PMEs. Líderes que oferecem suporte aos colaboradores têm um impacto positivo: funcionários que se sentem apoiados pela gestão possuem 13% mais chances de atingir suas metas.

Entre as mulheres, esse efeito é ainda mais evidente, com um aumento de 32% na probabilidade de sucesso quando se sentem amparadas em suas carreiras.

Outra solução apresentada no estudo é o uso de tecnologias que automatizam tarefas repetitivas. Profissionais que contam com sistemas automatizados relatam estar 6% mais satisfeitos do que aqueles que dependem de processos manuais.

O estudo da Pipedrive deixa uma lição clara: o segredo para crescer nas PMEs não está em prolongar a jornada de trabalho, mas em adotar práticas inteligentes e oferecer suporte aos colaboradores.

Trabalhar melhor, e não mais, é a chave para alcançar metas e promover bem-estar.

*Com informações de VC S/A.

Estudante de jornalismo, no segundo semestre. Trabalhei como redator na Velvet durante três anos.

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