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Lula afirma que governo respeitará autonomia da nova gestão do BC

Gabriel Galípolo assume a autarquia em 2025.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou dia 20 que o governo federal não interferirá na gestão do Banco Central (BC), agora sob a liderança de Gabriel Galípolo, futuro presidente da instituição. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Lula elogiou Galípolo, que assume o cargo em 1º de janeiro, e destacou a confiança da equipe governamental em seu trabalho. Estavam ao lado do presidente os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Rui Costa (Casa Civil).

“Quero que você saiba que jamais haverá, por parte da Presidência, qualquer interferência no trabalho que você deve realizar no Banco Central”, declarou Lula.

Gabriel Galípolo sucede Roberto Campos Neto, que encerra o primeiro ciclo de mandato desde que a autonomia do Banco Central entrou em vigor, em 2021. Com mandato de quatro anos, Galípolo terá como responsabilidade conduzir a política monetária e supervisionar o sistema financeiro nacional.

No vídeo, Lula ressaltou a importância da estabilidade econômica e do combate à inflação para proteger o poder de compra das famílias brasileiras. “Seguimos mais convictos do que nunca de que a estabilidade econômica e o combate à inflação são fundamentais. Tomamos as medidas necessárias para proteger a nova regra fiscal e continuaremos atentos às necessidades futuras”, afirmou o presidente.

Gestão do BC

Lula destacou também que Galípolo terá a oportunidade de demonstrar como liderar o Banco Central com verdadeira autonomia. “Tenho certeza de que, pela sua qualidade profissional, experiência de vida e compromisso com o povo brasileiro, você dará uma lição de como se governa o Banco Central com autonomia”, declarou.

Ao longo do último ano, Lula criticou a condução da política monetária pelo BC sob a gestão de Roberto Campos Neto, especialmente em relação à manutenção de juros elevados. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic em um ponto percentual, para 12,25%, justificando a decisão com base na alta do dólar e incertezas econômicas globais.

Galípolo

Gabriel Galípolo é ex-secretário de Economia e Transportes do estado de São Paulo, tendo trabalhado na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), no Centro Brasileiro de Relações Internacionais e no Banco Fator, que ajudou a fundar. Em 2023, assumiu o cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda e, posteriormente, tornou-se diretor de Política Monetária do BC. Indicado por Lula em agosto e aprovado pelo Senado em outubro, Galípolo agora assume o desafio de liderar o Banco Central em um momento crítico para a economia brasileira.

(Com Agência Brasil).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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