Commodities
Governo recebe alerta sobre quebra de 40% da safra de arábica em 2021
Variedade representa cerca de 75% da produção de café do Brasil.
A Associação dos Cafeicultores do Brasil (Sincal) escreveu uma carta à ministra Tereza Cristina e outras autoridade indicando uma quebra de aproximadamente 40% na safra de café arábica do Brasil de 2021 ante o potencial produtivo para a época, devido a fatores como uma seca histórica e temperaturas elevadas nas lavouras.
Há algumas semanas, especialistas vem alertando para esses problemas climáticos, que prejudicaram as floradas e levaram a podas em muitos cafezais. Mas a previsão da Sincal aponta um problema maior para a colheita do arábica, variedade que responde por cerca de 75% da produção de café do Brasil, maior produtor e exportador do mundo.
A temporada de 2021 já seria o ano de baixa produtividade do ciclo bienal desse variedade de grão, que alterna grandes e menores colheitas.
A associação informou, no entanto que o clima é um agravante, levando em conta a possibilidade de a produção de arábica não chegar nem mesmo a 20 milhões de sacas, contra 47,38 milhões de sacas neste ano, período de alta produtividade do ciclo que quase bateu o recorde de 2018, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
“Dentro de um quadro de normalidade climática e devido à bienalidade natural do parque cafeeiro de arábicos, seria esperado o Brasil colher em 2021 volume semelhante à safra de 2019, isto é, 34 milhões de sacas. Porém arriscamos dizer que a safra 2021/2022 poderá não chegar aos 20 milhões de sacas…”, disse a Sincal.
Esse volume seria inferior em cerca de 40% “daquilo que havia de expectativa e potencial”, acrescentou.
Até o momento “as chuvas permanecem poucas e irregulares”, disse o órgão representante de produtores, destacando que, “se clima não normalizar imediatamente, poderá também trazer prejuízos para as safras após 2021”.
Ainda segundo a associação, as “medidas urgentes devem ser tomadas para ajudar os cafeicultores brasileiros”.
“É necessário um plano de ação estratégico urgente para recuperar o parque cafeeiro do Sul de Minas, Mogiana, Norte do Paraná e Rondônia”, disse.
“Informamos que não há estoques de cafés de safras passadas, os estoques governamentais de café são inexistentes, e que o excedente de café produzido na safra de 2020/2021 será insuficiente para cobrir o déficit de café da safra de 2021/2022”, informou nesta sexta-feira a carta assinada pelo presidente Armando Mattiello e pelo diretor Marco Antonio Jacob.
Um alerta anterior do Sincal foi feito ao Ministério da Agricultura, e o recebimento da correspondência foi confirmado pelo secretário de Política Agrícola, César Calum.
Halum afirmou que o governo está monitorando a situação para tratar das propostas dos representantes do setor para reduzir os efeitos prejudiciais da seca.
Mas membros do mercado acreditam que a situação não é tão ruim quanto o que vem dizendo a associação de produtores.
Na quinta-feira, o banco de investimento Itaú BBA estimou que a safra total do Brasil em 2021, incluindo grãos da variedade robusta, entre 53,6 milhões e 58,3 milhões de sacas de 60 kg, contra 67,9 milhões de sacas projetadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

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