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Mercado de Trabalho

Até 2030, 92 milhões de empregos podem ser substituídos por tecnologia

Estudo do Fórum Econômico Mundial projeta transformações significativas no mercado de trabalho global, impulsionadas por tecnologias.

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O crescente avanço das tecnologias, como Inteligência Artificial e Machine Learning, impulsiona, até 2030, uma transformação significativa no mercado de trabalho mundial. Esse cenário deve abrir caminho para a requalificação de profissionais que querem se manter valiosos para os empregadores.

Segundo relatório do Fórum Econômico Mundial, realizado em parceria com a Fundação Dom Cabral, essas inovações podem substituir 92 milhões de empregos, representando 8% da mão de obra atual.

Contudo, a criação de 170 milhões de novas vagas, o equivalente a 14% do mercado, trará um saldo positivo de 78 milhões de postos de trabalho.

A pesquisa, abrangendo mais de mil empregadores em 55 países entre maio e setembro de 2024, destaca os setores emergentes e as necessidades de requalificação no período de 2025 a 2030.

Transformações no mercado de trabalho

Nos últimos anos, a Inteligência Artificial deixou de ser um tema de ficção científica para se tornar parte integrante do dia a dia empresarial. A crescente necessidade de produtividade impulsiona a adoção dessa tecnologia, exigindo que 65% dos trabalhadores entrevistados considerem a requalificação essencial.

A rápida evolução tecnológica está moldando o futuro do emprego, sendo que 78% dos trabalhadores buscam treinamento dentro de suas próprias empresas. Aqueles que não o encontram, 70% estão dispostos a investir em cursos fora do horário de trabalho.

Segundo especialistas, a requalificação deve ser profunda, visando incrementar o conhecimento técnico necessário para a adaptação às novas demandas.

Setores em crescimento e declínio

O estudo identifica funções em crescimento acelerado, como especialistas em Big Data, engenheiros de fintech e desenvolvedores de software, enquanto funções como assistentes administrativos e operadores de entrada de dados enfrentam declínio.

  • Especialistas em Big Data (em ascensão)
  • Engenheiros de Fintech (em ascensão)
  • Desenvolvedores de Software (em ascensão)
  • Assistentes Administrativos (em declínio)
  • Operadores de Entrada de Dados (em declínio)

Habilidades em ascensão

Até 2030, cerca de 39% das habilidades exigidas hoje se tornarão obsoletas, indica a pesquisa. No entanto, 85% dos empregadores planejam priorizar o aprimoramento dos profissionais, com foco em competências como pensamento analítico e resiliência.

Certas competências serão ainda mais prioritárias, tais como:

  • Pensamento analítico (69%)
  • Resiliência e flexibilidade (67%)
  • Liderança (61%)
  • Pensamento criativo (57%)

No Brasil, a requalificação em IA e Big Data figura como prioridade para 53% dos empregadores. A transição de funções em declínio para áreas em crescimento é um movimento observado por 48% das empresas brasileiras.

Outros destaques do estudo

O relatório também aborda desafios econômicos, como o aumento do custo de vida e a desaceleração econômica. Além disso, destaca a pressão sobre trabalhadores em países de alta renda, onde a população economicamente ativa está envelhecendo.

Por outro lado, em países de baixa renda, o aumento da população jovem pode impulsionar a economia.

A transição verde é vista como uma prioridade por 47% dos entrevistados, trazendo novas oportunidades no mercado de trabalho nos próximos cinco anos.

Jornalista graduada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), integra o time VS3 Digital desde 2016. Apaixonada por redação jornalística, também atuou em projetos audiovisuais durante seu intercâmbio no Instituto Politécnico do Porto (IPP).

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