Mercado de Trabalho
Direitos que jamais podem ser esquecidos por você, trabalhador
Em meio às mudanças nas leis trabalhistas, muitos empregados desconhecem direitos cruciais.
Nos últimos anos, direitos trabalhistas garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) enfrentaram ameaças constantes. A reforma trabalhista iniciada em 2016, durante o governo de Michel Temer, marcou o início desse processo de erosão dos direitos adquiridos.
Com a ascensão de Jair Bolsonaro ao poder, houve tentativas de flexibilizar ainda mais a legislação em prol dos empregadores, como a Medida Provisória nº 1045, que buscava reduzir salários e eliminar benefícios.
O contexto político e econômico no Brasil desde 2016 tem acirrado a relação entre capital e trabalho, o que pressiona os trabalhadores a se submeterem a condições que violam seus direitos.
Diante desse cenário, é vital que os empregados estejam informados sobre os direitos que ainda lhes assistem e busquem a orientação de seus sindicatos para garantir o cumprimento.
Emprego formal oferece direitos básicos, que muitas vezes são apresentados como benefícios pelas empresas; tome cuidado – Imagem: reprodução/Shutterstock
Direitos trabalhistas esquecidos pelos trabalhadores
Embora a CLT assegure uma gama de direitos, muitos trabalhadores não estão cientes de alguns deles, frequentemente pressionados por empregadores que priorizam a produtividade.
A seguir, destacam-se algumas prerrogativas que costumam passar despercebidas:
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Descanso entre jornadas: deve haver um intervalo mínimo de 11 horas entre o fim de um expediente e o início do próximo;
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Horas extras: o máximo permitido é de duas horas diárias, a fim de proteger a saúde dos trabalhadores;
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Intervalo de almoço: é garantido um mínimo de uma hora para jornadas superiores a seis horas;
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Vale-transporte: deve ser fornecido sempre, com um desconto de até 6% do salário, exceto se a empresa oferecer transporte próprio;
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Faltas justificadas: a legislação prevê ausências permitidas para eventos como casamento, consultas médicas, óbitos de parentes próximos e doação de sangue.
Acordos coletivos: impactos e importância
Os acordos coletivos desempenham um papel crucial na garantia de direitos específicos, como auxílio-refeição e adicionais de horas extras. Porém, após 2016, a força desses acordos enfraqueceu, com as empresas frequentemente negando direitos previamente conquistados.
A intervenção sindical, nesse caso, é essencial para que os trabalhadores conheçam e garantam tais direitos.
Em tempos de crise, a conscientização e a busca pelo apoio sindical são fundamentais para a proteção dos direitos trabalhistas. Desse modo, os empregados devem ser proativos na defesa de suas garantias legais para assegurar condições de trabalho dignas e justas.
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