Mundo
Europa enfrenta ameaça de tarifas comerciais de Trump com resposta proporcional
Novo presidente americano faz pressão internacional.
A União Europeia está preparada para responder de maneira proporcional a qualquer tarifa comercial imposta pelos Estados Unidos, afirmou Valdis Dombrovskis, comissário da UE para a economia, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. O alerta veio em meio a declarações recentes do presidente Donald Trump, que reiterou sua intenção de impor tarifas sobre produtos europeus, classificando a UE como “muito, muito ruim” para os interesses econômicos americanos.
“Estamos prontos para defender nossos valores, interesses e direitos, caso necessário”, disse Dombrovskis em entrevista à CNBC. Ele destacou que uma guerra comercial prejudicaria ambas as partes e teria impactos negativos no crescimento global, com o FMI projetando uma queda de até 7% no PIB mundial em caso de uma fragmentação econômica significativa.
Desde sua posse, Trump tem adotado uma postura mais agressiva em relação ao comércio internacional, ameaçando não apenas a UE, mas também países como China, Canadá e México. O presidente americano chegou a anunciar a possibilidade de uma tarifa adicional de 10% sobre produtos chineses a partir de fevereiro, reforçando sua posição de que medidas tarifárias são a única maneira de buscar “justiça” no comércio global.
Autoridades europeias, no entanto, mantêm conversas com seus pares norte-americanos na tentativa de encontrar uma solução pragmática e evitar um confronto comercial direto. “Compartilhamos uma das relações econômicas mais integradas do mundo. Precisamos fortalecer nossos laços transatlânticos, não prejudicá-los”, afirmou o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchez.
Trump: Impactos no comércio bilateral
A balança comercial entre EUA e UE é motivo de preocupação para Trump, que tem criticado o superávit de bens europeus. Em 2023, a UE exportou 502 bilhões de euros (US$ 522 bilhões) em mercadorias para os EUA, enquanto importou 340 bilhões de euros, segundo dados da Comissão Europeia. Apesar disso, o bloco registrou um déficit em serviços no mesmo período, demonstrando uma interdependência econômica complexa.
Dombrovskis destacou que os dois blocos precisam trabalhar juntos, tanto geopoliticamente quanto economicamente. “Qualquer enfraquecimento dessa relação poderia ter consequências graves para a economia global”, alertou.
Pressão por menos regulamentação
Enquanto Trump avança com medidas para reduzir a burocracia nos EUA, líderes empresariais europeus estão pedindo mudanças regulatórias semelhantes no continente. Morten Wierod, CEO da empresa suíça ABB, alertou que regulações excessivas estão encarecendo os custos operacionais e levando empresas a migrarem para mercados mais competitivos, arriscando a desindustrialização da Europa.
“A UE precisa simplificar suas regulamentações e dar às empresas a flexibilidade necessária para inovar e crescer”, disse Wierod. Ele também ressaltou que as metas excessivamente ambiciosas, como as de produção de veículos elétricos, devem ser reconsideradas para equilibrar sustentabilidade e competitividade.
Com o cenário global mais competitivo e um governo americano cada vez mais assertivo, a União Europeia busca equilibrar a defesa de seus valores econômicos com a necessidade de preservar sua relação estratégica com os Estados Unidos.
(Com Agências Internacionais).
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