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Economia

Recuperação do mercado de trabalho desacelera em outubro, diz FGV

O resultado confirma o cenário de recuperação do mercado de trabalho, embora o nível atual ainda esteja abaixo do período pré-pandemia.

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O mercado de trabalho no Brasil continuou se recuperando em outubro, embora o crescimento tenha desacelerado no período, conforme apontado pelo Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) divulgado nesta segunda-feira, 09, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, teve um crescimento de 2,9 pontos, chegando a 84,9 pontos em outubro, sendo este o sexto mês seguido de ganhos, porém indicando uma desaceleração da recuperação desde julho.

“O resultado de outubro confirma o cenário de recuperação do mercado de trabalho. Apesar da sexta (alta) seguida, a melhora tem sido mais tímida com o passar dos meses e o nível atual ainda se encontra consideravelmente abaixo do período pré-pandemia”, disse em nota o economista da FGV IBRE, Rodolpho Tobler.

“A incerteza, que ainda se mantém elevada, e a proximidade do período final de ajuda do governo parecem contribuir para uma maior cautela dos empresários”, acrescentou.

De acordo com a FGV, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) permaneceu estável pelo segundo mês seguido, atingindo 96,4 pontos. O ICD funciona de forma semelhante à taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado.

“A estabilidade do indicador mostra que a percepção sobre o mercado de trabalho ainda é negativa e sugere piora na taxa de desemprego. O alto patamar também mostra que ainda existe uma longa caminhada para voltar ao nível anterior à pandemia”, disse o especialista da FGV.

O mercado de trabalho costuma ser o último a se recuperar em tempos de crise.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, no trimestre encerrado em agosto, a taxa de desemprego do Brasil disparou a 14,4%, atingindo o maior nível da série, enquanto o número de desempregados no período foi de 13,8 milhões diante do aumento da procura por trabalho com a flexibilização das medidas de isolamento social.

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