CCR tem queda de 8,6% no lucro do 4TRI24

A CCR (CCRO3) registrou um lucro líquido ajustado de R$ 360 milhões no quarto trimestre de 2024, uma queda de 8,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. já o Ebitda ajustado, que mede o desempenho operacional da empresa, somou R$ 2 bilhões no trimestre, um crescimento de 5,2% na base anual. No entanto, o montante ficou abaixo do esperado pelos analistas, que previam um Ebitda de R$ 2,2 bilhões.

A companhia iniciou um processo para atrair novos sócios em suas divisões de mobilidade urbana e aeroportos, um plano anunciado pelo CEO Miguel Setas em 2024, mas que só agora começa a avançar. O grupo já conta com assessores financeiros para conduzir as negociações.

No segmento de aeroportos, o banco de investimentos Lazard foi contratado para liderar o processo de captação de parceiros estratégicos. Empresas como a francesa Vinci e a suíça Zurich estão avaliando a possibilidade de entrar na disputa. Vale destacar que a CCR e a Zurich já são sócias no consórcio BH Airport, responsável pela operação do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte.

A empresa estuda diferentes modelos de negociação, incluindo desde a venda de uma participação minoritária até a alienação total do ativo, dependendo das propostas recebidas.

CCR (CCRO3): Bradesco BBI

Outro movimento estratégico no mercado é a tentativa do Bradesco BBI de adquirir a participação do Grupo Mover na CCR. O banco enviou uma proposta para assumir a fatia do grupo na empresa, justificando a ação pela inadimplência do Mover em relação a dívidas pendentes.

Atualmente, o Grupo Mover detém cerca de 15% do capital total da CCR, sendo um dos principais acionistas ao lado de Camargo Corrêa e Soares Penido. No entanto, a empresa está em um processo de reestruturação de seus ativos, o que abre espaço para a movimentação do Bradesco. Caso a negociação seja concluída, o banco poderá ocupar a posição do Grupo Mover no acordo de acionistas da CCR, reforçando sua presença no setor de infraestrutura.