Azevedo & Travassos anuncia divisão de negócios

Em um movimento estratégico para fortalecer suas operações, a Azevedo & Travassos (AZEV3; AZEV4) anunciou, no final de janeiro, a divisão parcial de seus negócios, resultando na criação da Azevedo & Travassos Energia (AZTE). A nova empresa será encarregada das atividades voltadas para energia, exploração e produção de petróleo.

A reestruturação dividirá o grupo em diversas entidades, incluindo a Infrainvest, Azevedo & Travassos Infraestrutura, MKS Soluções Integradas e Azevedo & Travassos Investimentos. O capital social da Azevedo & Travassos será reduzido em R$ 193,2 milhões, passando para R$ 457,9 milhões, sem alteração no número de ações.

Os acionistas que detiverem ações AZEV3 ou AZEV4 até o pregão de hoje receberão, na proporção de 1 para 1, ações da nova companhia, Azevedo & Travassos Energia. A partir de sexta-feira, as ações da AZTE começarão a ser negociadas na B3 sob o código “AZTE3”, com o preço inicial baseado na cotação de fechamento das ações da AZEV em 13 de fevereiro. O valor será distribuído de forma proporcional, com 2/3 para a AZEV e 1/3 para a AZTE.

Mudanças na governança corporativa

Com a cisão, também ocorreram mudanças na estrutura de governança da Azevedo & Travassos. A nova diretoria estatutária será composta por:

• Ivan de Carvalho Junior – CEO
• Guilherme Carvalho – Diretor de RI
• Bernardino Mendes – Diretor-executivo de Operações

O potencial da Azevedo & Travassos Energia

A Azevedo & Travassos Energia nasce como uma empresa sem dívidas e com caixa robusto, com seu segmento de petróleo inicialmente avaliado em R$ 155 milhões. A companhia já iniciou a expansão de suas reservas e formado parcerias estratégicas, incluindo um acordo com a Petro Victory Energy para explorar e adquirir novos ativos.

Recentemente, a empresa reportou a homologação de 3,9 milhões de barris de petróleo pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). No entanto, com a cotação atual das ações da AZEV, espera-se que a nova empresa de energia inicie suas operações no mercado com um valor de mercado inferior a R$ 80 milhões, o que representaria um desconto de 50% em relação ao valuation previamente estimado.