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Mercado de Trabalho

Demissão voluntária vira ‘febre’ no Brasil e trabalhadores apontam motivos

Estudo revela que falta de oportunidades de crescimento profissional leva 40% dos funcionários a deixarem seus empregos.

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Em um cenário empresarial cada vez mais competitivo, a retenção de talentos tornou-se um desafio crítico para as empresas brasileiras. Segundo a 30ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), a ausência de oportunidades de crescimento profissional é responsável pela saída de 40% dos funcionários.

Este fator é considerado o segundo maior motivo de demissões voluntárias, conforme revelado por 387 recrutadores entrevistados.

A pesquisa também destacou que propostas mais atraentes em outras empresas são a principal razão para a saída de colaboradores, atingindo 71%.

O levantamento ainda aponta que salários abaixo da média do mercado, benefícios pouco competitivos e a falta de reconhecimento e recompensas são outros fatores que pesam na decisão dos profissionais de buscar novas oportunidades.

Fatores que influenciam a decisão dos colaboradores

Sendo o segundo motivo mais citado, a falta de oportunidades de crescimento é um problema significativo para 40% dos entrevistados. Já as ofertas mais atrativas em outras empresas lideram a lista, com 71% das menções.

Além disso, baixos salários, benefícios não competitivos e a ausência de reconhecimento também são apontados como determinantes para as saídas.

  • Melhores propostas em outros locais (71%);
  • Falta de oportunidades de crescimento (40%);
  • Salários abaixo da média do mercado (24%);
  • Benefícios pouco competitivos (22%);
  • Falta de reconhecimento e recompensas (22%).

Estratégias de retenção em foco

Para combater a alta rotatividade, empresas estão implementando estratégias que visam aprimorar a retenção de talentos. Investimentos na capacitação das lideranças, oferta de treinamentos e programas de desenvolvimento de carreira são algumas das medidas adotadas.

Melhorias no ambiente de trabalho e na gestão de desempenho também fazem parte das ações tomadas, conforme apontado pelo ICRH.

  • Capacitação das lideranças (39%);
  • Oferta de treinamentos para a equipe (36%);
  • Programas de desenvolvimento de carreira (35%);
  • Melhoria no ambiente e nas condições de trabalho (35%);
  • Aprimoramento da gestão de desempenho (31%).

Desafios e perspectivas

Cerca de 44% das organizações registraram uma taxa de rotatividade inferior a 5%, mas 28% enfrentam níveis acima de 10%. Um patamar saudável de turnover é crucial para a renovação e a diversidade de ideias. Contudo, índices extremos demandam atenção.

Por fim, cabe salientar que a retenção eficaz começa no recrutamento, com o alinhamento adequado de expectativas desde a entrevista. O desafio está em equilibrar a rotatividade para garantir inovação sem comprometer a estabilidade organizacional.

Jornalista graduada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), integra o time VS3 Digital desde 2016. Apaixonada por redação jornalística, também atuou em projetos audiovisuais durante seu intercâmbio no Instituto Politécnico do Porto (IPP).

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