Investimentos
Investir em dólar não é um bicho de 7 cabeças; é estratégia que protege seu patrimônio
Estudo da FGV revela importância de dolarizar parte da carteira de investimentos.
A oscilação da moeda dos EUA impacta de forma significativa os brasileiros, segundo um estudo da FGV, que destaca o percentual ideal para se resguardar da volatilidade cambial. Assim, a dolarização dos investimentos, recomendada para proteger o patrimônio, deve ser considerada em diferentes proporções conforme a faixa de renda.
Ricardo Rochman, um dos responsáveis pela pesquisa e coordenador do FGVcef, enfatiza que a inflação importada, as viagens internacionais e a própria instabilidade do câmbio afetam o poder de compra. Mesmo brasileiros de renda média sofrem com esse efeito e, por isso, devem investir cerca de 15,75% de suas carteiras em dólar.
Dólar impacta brasileiros de diferentes faixas de renda – Imagem: To Geralt/Pixabay
Impacto por faixa de renda
Os brasileiros de renda média alta deveriam investir até 18% de seus portfólios em dólar. Já aqueles com menor poder aquisitivo não ficam imunes, pois 17% de sua cesta de consumo são afetados pelo câmbio, principalmente devido ao impacto do dólar na produção de alimentos.
Alimentos básicos, como trigo, são influenciados pela variação cambial em todos os estágios da cadeia produtiva, desde os fertilizantes importados até o transporte.
Produtos mais caros também não escapam, como perfumes e chocolates, o que reflete o impacto em até 25% da cesta de consumo dos brasileiros. Confira a tabela do impacto cambial por faixa de renda.
Faixa de renda | Impacto câmbio | Gastos no exterior | Volatilidade do câmbio |
---|---|---|---|
Renda Muito Baixa | 13.93% | — | 3.15% |
Renda Baixa | 13.88% | — | 3.14% |
Renda Média Baixa | 13.10% | — | 2.96% |
Renda Média | 12.84% | — | 2.91% |
Renda Média Alta | 12.03% | 2.65% | 3.32% |
Renda Alta | 11.07% | 2.65% | 3.11% |
Para Rochman, o câmbio é imprevisível e exige uma abordagem cautelosa ao investir em dólares. Por isso, ele recomenda pequenas compras constantes ou investimento em ativos internacionais, já que a tendência é a desvalorização do real a longo prazo.
Por fim, Rochman alerta ainda que investir em títulos atrelados à inflação não protege necessariamente contra a volatilidade cambial, pois a exposição ao dólar costuma variar conforme a renda e os hábitos de consumo.

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