Economia
COP30 será marco na governança climática, afirma embaixador
Evento será realizado em Belém (PA).
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA) em 2025, deve marcar uma transição decisiva das negociações para a implementação de ações concretas no combate às mudanças climáticas. A avaliação foi feita pelo embaixador André Corrêa do Lago durante reunião informal na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, dia 5.
“A tarefa que temos pela frente é reforçar a governança climática e proporcionar agilidade, preparação e antecipação tanto na tomada de decisões quanto na implementação”, afirmou. Segundo o embaixador, o Brasil espera que a COP30 impulsione três dimensões fundamentais: a proteção e expansão do legado institucional da Convenção do Clima, a conexão entre negociações políticas e a realidade prática e a aceleração da implementação do Acordo de Paris com soluções estruturais que vão além da ação multilateral, incluindo governança global e arquitetura financeira.
Entre os desafios, Corrêa do Lago destacou a necessidade de avançar na entrega das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês), cujo prazo foi estendido após um baixo volume de submissões dentro da data limite de fevereiro. Ele reforçou ainda a importância do compromisso global para conter o aquecimento do planeta.
“Os líderes nacionais devem honrar sua determinação de prosseguir os esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5 grau. Vidas humanas, empregos futuros e ambientes saudáveis dependem disso”, declarou.
Cooperação internacional e multilateralismo
O embaixador também ressaltou o papel da Troika da COP, formada por Emirados Árabes, Azerbaijão e Brasil, que busca garantir continuidade e cooperação entre as presidências das conferências climáticas. Um dos avanços dessa parceria foi a implementação do Balanço Global de Carbono, mecanismo previsto no Acordo de Paris para avaliar os progressos das metas climáticas, cuja primeira edição foi entregue na COP28.
“O GST [Balanço Global] é nosso guia para alcançar a meta de 1,5°C. Ele direciona nossos esforços para fortalecer a resposta global às mudanças climáticas dentro do contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza”, explicou.
Corrêa do Lago destacou ainda que a presidência brasileira da COP30 terá como pilares a defesa do multilateralismo e o respeito à ciência. “Minha escolha de participar da Assembleia Geral da ONU como primeira viagem oficial fora do Brasil não foi coincidência. É um sinal claro de que o multilateralismo estará no centro da presidência brasileira da COP30”, afirmou.
Amazônia no centro das discussões
Antes da reunião na ONU, o embaixador concedeu entrevista à ONU News e destacou a importância de a Amazônia sediar as negociações climáticas em um momento de urgência ambiental. Segundo ele, a COP30 será uma oportunidade para debater um modelo de desenvolvimento sustentável para a região, evitando abordagens românticas sobre a floresta e enfatizando sua relevância estratégica no enfrentamento das mudanças climáticas.
(Com Agência Brasil).

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