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Mercado de Trabalho

Fim do home office? Empresas estão limitando trabalho remoto

Empresas têm revisto suas políticas e passaram a exigir retorno ao escritório. Entenda a mudança.

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Nos últimos anos, o trabalho remoto se consolidou como um modelo desejado por milhões de profissionais. A flexibilidade, a eliminação do tempo de deslocamento e a possibilidade de equilibrar vida pessoal e profissional fizeram desse formato uma alternativa altamente valorizada.

Entretanto, apesar de seus benefícios, grandes empresas começam a rever essa estratégia e priorizar o retorno ao presencial.

A virada de 2025 indica um movimento crescente nesse sentido. Algumas corporações reduziram ou até eliminaram as políticas de home office, defendendo que a colaboração e a inovação dependem da interação presencial.

A pergunta que fica é: o trabalho remoto pode estar com os dias contados?

Retorno ao presencial: os argumentos das empresas

A pandemia popularizou o home office, e muitos ainda preferem esse modelo, apesar da pressão pelo retorno presencial. (Foto: eclipse_images/Getty Images Signature)

Desde a pandemia, o home office passou de uma necessidade a uma escolha estratégica para muitas organizações. Entretanto, conforme o mundo se ajusta a um cenário pós-pandêmico, grandes empresas como Amazon e JPMorgan já decretaram o retorno total ao presencial.

A decisão sinaliza uma mudança de postura, baseada na crença de que o contato físico melhora a comunicação e fortalece a cultura corporativa.

Além disso, gestores argumentam que a troca de ideias e o aprendizado informal são mais eficazes quando as equipes estão no mesmo espaço. A ausência de interação direta pode impactar a criatividade e a inovação, elementos fundamentais para o crescimento das empresas.

Outro ponto levado em consideração é o controle de produtividade. Muitas lideranças acreditam que a presença física permite uma supervisão mais eficiente, garantindo que os colaboradores mantenham o desempenho esperado. Com isso, o home office começa a perder espaço em setores onde a gestão remota se mostra desafiadora.

Conflitos entre empresas e funcionários

Apesar da pressão pelo retorno, uma parcela significativa dos trabalhadores ainda prefere modelos híbridos ou totalmente remotos. Pesquisas indicam que a flexibilidade é um fator tão relevante quanto a remuneração na escolha de um emprego.

Um estudo da Deel no Brasil apontou que 54% dos profissionais que trabalham presencialmente gostariam de migrar para o home office ou para um modelo híbrido. Esse dado reforça o descompasso entre as expectativas dos funcionários e as diretrizes adotadas pelas empresas.

Ademais, a percepção de produtividade no home office continua alta. Para muitos trabalhadores, seu desempenho remoto é igual ou até superior ao presencial.

Estratégias para quem busca vagas remotas

Com o encolhimento das oportunidades de trabalho remoto, profissionais que desejam manter esse formato precisam adotar estratégias mais precisas. Plataformas como Deel e Workana oferecem filtros para facilitar a busca por vagas totalmente remotas, permitindo que candidatos encontrem empresas que ainda apostam nesse modelo.

O networking também se torna essencial. Participar de comunidades digitais e eventos voltados para profissionais remotos pode abrir portas, conectando talentos a empresas que valorizam a flexibilidade. Além disso, acompanhar tendências internacionais pode ser um diferencial, já que organizações estrangeiras ainda oferecem mais opções de home office.

Por fim, é fundamental redobrar os cuidados ao buscar oportunidades. Confirmar a credibilidade das empresas e evitar o compartilhamento de dados pessoais sem verificação são medidas essenciais para garantir uma experiência segura.

Assim, mesmo em um cenário mais desafiador, ainda é possível encontrar oportunidades alinhadas às expectativas dos profissionais que preferem trabalhar remotamente.

Estudante de jornalismo, no segundo semestre. Trabalhei como redator na Velvet durante três anos.

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