Disputa judicial pode alterar a propriedade das Cataratas do Iguaçu

Uma recente decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) reconheceu a propriedade de 1.085 hectares do Parque Nacional do Iguaçu pelo Estado do Paraná. Apesar disso, a gestão do parque permanece sob responsabilidade da União, por meio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A área em questão inclui o lado brasileiro das Cataratas do Iguaçu, uma das maiores atrações turísticas do país, além do Hotel das Cataratas, inaugurado em 1958. O governo estadual comemorou a decisão, argumentando que a área foi adquirida legalmente pelo Paraná em 1919.

A Advocacia-Geral da União (AGU), no entanto, informou que recorrerá da sentença, argumentando que a mudança pode comprometer a preservação ambiental e até mesmo colocar em risco o reconhecimento das Cataratas do Iguaçu como Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO.

A administração do parque, atualmente a cargo do ICMBio, também expressou preocupação com os impactos da alteração.

O que pode mudar no turismo e na preservação

O Parque Nacional do Iguaçu recebe cerca de 1,9 milhão de visitantes por ano e é uma das principais fontes de receita turística do Paraná.

Com a possível mudança de gestão, surgem dúvidas sobre eventuais alterações na estrutura de visitação, nas taxas de ingresso e nas políticas de preservação ambiental.

Uma audiência pública está sendo organizada pela Câmara Municipal de Foz do Iguaçu para discutir os próximos passos.

Dicas para visitar as Cataratas do Iguaçu

Enquanto a disputa segue na Justiça, o parque continua recebendo visitantes e oferecendo experiências inesquecíveis.

Para quem deseja conhecer as Cataratas do Iguaçu, a recomendação é planejar a viagem com antecedência, especialmente em períodos de alta temporada, quando a movimentação é intensa e os ingressos podem se esgotar rapidamente.

Do lado brasileiro, o acesso ao parque ocorre por Foz do Iguaçu, com opções de trilhas, passeios de barco que aproximam os turistas das quedas d’água e mirantes estratégicos para observar a grandiosidade do cenário.

Já no lado argentino, em Puerto Iguazú, é possível explorar outras perspectivas das cataratas e se aventurar em passarelas suspensas que permitem uma visão única do Salto San Martín e da impressionante Garganta do Diabo.

Por fim, é importante verificar as regras de entrada nos dois países, como necessidade de documentação e taxas de visitação, para garantir uma experiência completa sem imprevistos.

*Com informações de Nova Brasil.