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Proprietária da Espaçolaser pede registro para oferta inicial de ações

MPM usará recursos para comprar participações em controladas, adquirir 78 unidades de franqueados e para expansão.

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A MPM Corpóreos, proprietária da rede Espaçolaser, pediu registro para uma oferta inicial de ações (IPO), movimento que demonstra como o juro em mínima recorde está fazendo com que empresas de diversos setores no Brasil tentem levantar recursos no mercado para custear projetos de expansão.

O grupo diz ser o maior do setor no país em faturamento e número de lojas, 554 de acordo com o prospecto preliminar da operação, foi criado em 2004 pelos sócios Ygor Moura, Paulo Morais e Tito Pinto, que são vendedores na oferta secundária.

Na operação, também serão vendidas ações do Magnólia FIP, fundo da companhia americana de private equity L Catterton, e que detém um terço do capital da empresa. A MPM também negociará ações novas, de acordo com o documento àComissão de Valores Mobiliários (CVM).

O montante será utilizado na compra de participações em controladas, aquisição de 78 unidades de franqueados e expansão. O IPO será coordenado por Itaú BBA, Santander, Vinci Partners e Goldmas Sachs.

O documento à CVM também revela que a Espaçolaser confia nas chances de conseguir uma fatia do fragmentado mercado brasileiro de estética e cuidados pessoais, o quarto maior do mundo.

No acumulado do ano até setembro, a empresa registrou receita líquida de 315 milhões de reais, queda de 37% frente igual período de 2019, impactada pelo recuo acentuado das atividades entre os meses de abril e maio, pico das medidas de isolamento social para conter a disseminação do coronavírus. Contudo, a Espaçolaser afirma que já retomou todas as atividades para níveis anteriores ao pré-pandemia.

Nos primeiros nove meses deste ano, a empresa teve prejuízo líquido ajustado de 71,4 milhões de reais, contra lucro ajustado de 97 milhões na mesma época de 2019.

O movimento de IPO ilustra como empresas de cada vez mais setores tem mostrado interesse de custear projetos de expansão por meio de listagem em bolsa, expandindo o mercado acionário brasileiro tradicionalmente focado em setores como energia, bancos e commodities.

Empresas de estacionamentos, rede de lojas de cuidados com animais, bureau de crédito, brechó online e de equipamentos para geração de energia eólica são alguns exemplos de companhias que estrearam na B3 em 2020.

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