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Mercado de Trabalho

Vale a pena ser motorista de Uber no Brasil? País lidera em número de cadastros

Brasil assume a liderança mundial de motoristas Uber, com 1,4 milhão de cadastrados, superando EUA.

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O Brasil desponta como líder mundial em número de motoristas da Uber, contando com 1,4 milhão de cadastrados. Superando os Estados Unidos, o país assume a dianteira nesse setor com um crescimento que revela um cenário de alta demanda pelo serviço de transporte por aplicativo.

Com esse aumento, surge uma discussão relevante: ser motorista da Uber no Brasil é uma escolha financeiramente vantajosa? A resposta está longe de ser simples, pois envolve uma série de fatores a serem considerados.

Motivados por diferentes razões, muitos brasileiros optam por essa atividade, buscando autonomia e flexibilidade. No entanto, há complexidades nesse caminho que precisam ser cuidadosamente ponderadas antes de tomar uma decisão.

Brasil lidera com número recorde

Dados da fintech GigU destacam a posição do Brasil como líder mundial em motoristas da Uber. O volume de 1,4 milhão de condutores cadastrados na plataforma ultrapassa o dos Estados Unidos, que lideravam até então.

Esse número reflete o aumento expressivo de corridas diárias.

Ganhos e desafios nas principais cidades

Em São Paulo, motoristas chegam a realizar entre 20 e 25 corridas diárias, conforme a demanda e a região de preferência. No entanto, esse número é bastante variável.

A renda média desses trabalhadores na capital paulista é de R$ 566,96 para jornadas de oito horas. No Rio de Janeiro, essa média é de R$ 489,62. Veja outros exemplos:

Cidade Ganhos médios (R$)
Belo Horizonte 526,60
Porto Alegre 503,45
Brasília 386,73

Vale ressaltar que, apesar dos ganhos aparentes, custos com combustível, manutenção, taxas e impostos diminuem os lucros. Esse fato traz à tona a necessidade de avaliar com cautela a real viabilidade da profissão.

Viabilidade da profissão: uma análise

Apesar dos atrativos financeiros, o trabalho intenso e as despesas operacionais pesam na decisão de ingressar no setor. A ausência de regulamentação específica e os longos períodos de espera entre corridas aumentam a complexidade para os motoristas, assim como a qualidade das vias brasileiras.

Para alguns, a flexibilidade e a possibilidade de ganhos atrativos são suficientes. Porém, é fundamental considerar o cansaço físico e emocional que a profissão pode gerar.

Portanto, a escolha é algo que deve ser ponderado pelo motorista, pois depende das circunstâncias individuais de cada um.

Jornalista graduada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), integra o time VS3 Digital desde 2016. Apaixonada por redação jornalística, também atuou em projetos audiovisuais durante seu intercâmbio no Instituto Politécnico do Porto (IPP).

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