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Clientes do Itaú receberão R$ 253 mi após erro de cobrança

Em um acordo inédito, o Grupo Itaú reembolsará clientes R$ 253,7 milhões por cobranças indevidas de tarifas emergenciais de crédito.

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O Itaú Unibanco e outras três empresas do grupo firmaram um compromisso com o Banco Central para ressarcir clientes lesados por cobranças inadequadas. Assinado em 31 de março, o acordo prevê o reembolso total de R$ 253,7 milhões referente a tarifas de avaliação emergencial de crédito.

Parte significativa desse montante já foi devolvida antes da formalização junto ao BC, mas ainda restam R$ 74 milhões a serem reembolsados.

As empresas envolvidas na restituição são Itaú Unibanco, Itaú CBD, Luizacred e Itaucard, todas pertencentes ao Grupo Itaú. A devolução reflete um compromisso com a transparência e responsabilidade financeira.

Detalhes do reembolso

No escopo do acordo, o Itaú Unibanco compromete-se a reembolsar R$ 81,66 milhões a aproximadamente 741 mil clientes afetados. As cobranças ocorreram quando os consumidores utilizaram serviços de crédito emergenciais do banco, entre março de 2014 e julho de 2021.

O Itaucard devolverá R$ 119,8 milhões aos clientes, dos quais R$ 90,9 milhões já foram ressarcidos. A cobrança indevida ocorreu entre fevereiro de 2012 e dezembro de 2020, e ainda restam R$ 28,9 milhões a serem devolvidos.

A Itaú CBD anunciou um reembolso de R$ 30,8 milhões para seus clientes. Até agora, R$ 24,5 milhões foram devolvidos.

Mais de 893 mil clientes foram impactados no mesmo período de cobrança indevida que o Itaucard.

Já a Luizacred, uma parceria entre o Itaú e a varejista Magazine Luiza, planeja devolver R$ 21,4 milhões aos usuários. Essa prática também ocorreu entre fevereiro de 2012 e dezembro de 2020, afetando cerca de 586 mil clientes.

Prazo de devolução

O BC determinou um prazo de 12 meses, a partir da data da assinatura do acordo, para que o Grupo Itaú realize o ressarcimento total dos clientes. A empresa também terá de pagar R$ 10,65 milhões em contribuição pecuniária.

Caso a compensação pela conduta irregular não seja quitada no prazo estabelecido, haverá cobrança de juros moratórios de 1% ao mês e multa de 2%.

O acordo entre o Grupo Itaú e o Banco Central representa um passo significativo na proteção dos direitos dos consumidores. A quantia substancial envolvida ressalta a importância da fiscalização rigorosa e da ética no setor bancário.

À medida que mais valores são reembolsados, a confiança do público no sistema financeiro pode ser restaurada.

Jornalista graduada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), integra o time VS3 Digital desde 2016. Apaixonada por redação jornalística, também atuou em projetos audiovisuais durante seu intercâmbio no Instituto Politécnico do Porto (IPP).

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