Economia
Brasil deve se preparar para ‘nova ordem global’
Embaixador Rubens Barbosa.
O Brasil precisa se antecipar às mudanças no cenário internacional para aproveitar as oportunidades que surgirão na nova configuração do comércio global. O alerta foi feito pelo embaixador Rubens Barbosa, presidente emérito do Conselho de Comércio Exterior da Fiesp, durante o J. Safra Macro Day, evento promovido pela divisão de atacado do Banco Safra.
Em sua análise, Barbosa destacou que o mundo atravessa uma transformação profunda, com o fim do multilateralismo e o avanço do protecionismo, em contraste com o período recente de globalização e liberalização econômica. Segundo ele, a rivalidade entre as potências agora se concentra menos em ideologias e mais em disputas econômicas, comerciais e tecnológicas.
“O cenário está mudando de acordo com os interesses das grandes potências. Não estamos mais diante de uma guerra fria ideológica. A tensão se deslocou para a área econômica e tecnológica”, afirmou o embaixador.
Barbosa também apontou que a inflação nos Estados Unidos, agravada pelas tarifas de importação implementadas no governo de Donald Trump, pode gerar forte insatisfação popular e levar a uma crise política, inclusive com risco de impeachment presidencial — algo que teria impactos relevantes para a economia mundial.
Reorganização em blocos
Na avaliação do embaixador, o comércio global caminha para uma reorganização em três grandes blocos, liderados por China, Estados Unidos e União Europeia. Como exemplo das mudanças em curso, citou a reunião recente entre ministros da China, Japão e Coreia do Sul — países historicamente rivais. “Coisas impensáveis estão acontecendo”, observou.
Nesse contexto, Barbosa acredita que o Brasil tem potencial para se beneficiar, mas ressalta que o país precisa agir rápido para não perder espaço. “É fundamental acelerar as reformas para aumentar a produtividade e reduzir custos de produção. A iniciativa privada deve pressionar o governo, porque, no momento, não temos horizontes claros”, disse.
Oportunidades para o Brasil
O embaixador vê oportunidades para o Brasil, especialmente com novos acordos bilaterais e o fortalecimento do regionalismo na América do Sul. Ele acredita que o acordo entre a União Europeia e o Mercosul pode finalmente ser concluído este ano. No entanto, alerta que a indústria nacional precisa se preparar para competir com os produtores europeus.
“Se soubermos nos posicionar, o Brasil poderá sair fortalecido dessa nova ordem global”, concluiu Barbosa.

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