Mundo
Colômbia pede adesão ao banco dos Brics e sinaliza afastamento dos EUA
Novo Banco de Desenvolvimento (NBD).
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou dia 17 que o país solicitou formalmente sua adesão ao Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como banco dos Brics. Com sede em Xangai, na China, a instituição financeira é uma das principais iniciativas do bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul para fortalecer a cooperação econômica entre países em desenvolvimento e reduzir a dependência de organismos multilaterais dominados pelo Ocidente, como o FMI e o Banco Mundial.
O pedido de entrada da Colômbia no NBD marca mais um passo no realinhamento geopolítico da América Latina, que começa a se afastar historicamente da influência dos Estados Unidos. Durante uma visita oficial à China, Petro se encontrou com a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff, que atualmente preside o banco. Ao lado dela, confirmou o compromisso de adquirir US$ 512 milhões em ações da instituição.
Segundo Petro, a Colômbia pretende obter apoio do banco para projetos de infraestrutura estratégica, como a construção de um canal ou ferrovia de 120 quilômetros ligando as costas Atlântica e Pacífica do país. “Isso colocaria a Colômbia no coração do comércio entre a América do Sul e a Ásia”, afirmou o presidente.
Colômbia – Brics
Com esse movimento, a Colômbia se torna o segundo país latino-americano a buscar participação no banco dos Brics — o Uruguai fez solicitação semelhante em 2021. A aproximação com o NBD ocorre em meio a uma crescente presença chinesa na região, especialmente por meio da Iniciativa do Cinturão e Rota, programa de investimentos em infraestrutura lançado por Pequim com o objetivo de ampliar sua influência global.
A movimentação colombiana, no entanto, não deve agradar Washington. Os Estados Unidos, historicamente aliados da Colômbia e principais parceiros na chamada guerra às drogas, têm reagido com cautela ao avanço da China na América Latina. Nesta semana, o Departamento de Estado norte-americano afirmou que “se oporia vigorosamente” ao financiamento de projetos vinculados à Iniciativa do Cinturão e Rota na região.
Gustavo Petro, por sua vez, afirmou que a decisão de buscar adesão ao NBD foi tomada de forma soberana e que a Colômbia deseja manter uma postura de neutralidade em um mundo cada vez mais polarizado. “Não seremos dissuadidos por pressões externas. Tomamos essa decisão livremente. Podemos dialogar de igual para igual com os Estados Unidos, assim como com a China”, declarou.
Aprovação
A entrada no banco dos Brics ainda depende da aprovação dos membros atuais da instituição, mas o gesto de Bogotá reforça a tendência de diversificação de parcerias globais por parte de governos latino-americanos em busca de novas fontes de financiamento e influência geopolítica.
(Com Agências).

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