Entrevistas de emprego: 4 mentiras muito comuns mas que você deve evitar

Em um cenário competitivo no mercado de trabalho, as entrevistas de emprego tornaram-se momentos críticos para os candidatos. Muitas vezes, para se destacarem, alguns recorrem à “arte” de embelezar ou até mesmo alterar as informações; contudo, tal prática pode ser arriscada.

Pesquisas recentes evidenciam que as inconsistências nas respostas podem levar à eliminação direta dos candidatos. Um levantamento da Robert Half destaca que 63% dos recrutadores já descartaram candidatos por esse motivo, e 20% admitiram “aumentar” informações.

Entrevistas de emprego geram estresse e insegurança nos candidatos – Imagem: Christina Wocintechchat.com/Unsplash

4 mentiras contadas nas entrevistas de emprego

Para compreender melhor esse fenômeno, Daniel Consani, CEO do grupo Top RH, em matéria da revista Exame, analisou as mentiras mais populares contadas durante entrevistas e seus impactos, além de destacar a importância da transparência; confira!

1. Alinhamento com a cultura empresarial

Aderência à cultura organizacional é um ponto crucial. Segundo o LinkedIn, muitos desligamentos involuntários resultam de desalinhamento cultural e não de falta de competência.

Para Consani, é necessário entender se os valores pessoais se alinham com os da empresa para fazer uma escolha bem-sucedida.

2. Exagerando habilidades

Outra mentira frequente inclui a superestimação das próprias competências, como o nível de inglês. Mesmo que 38% dos candidatos afirmem ter um domínio avançado, muitos são reprovados em avaliações práticas.

Consani sugere que ser honesto sobre as próprias habilidades em desenvolvimento é preferível. O mercado valoriza a sinceridade em vez de pretensões infundadas.

3. Fraquezas disfarçadas de qualidades

Um dos exemplos mais comuns de tentativas de enganar recrutadores é o famoso “meu maior defeito é ser perfeccionista”. Embora pareça uma maneira de transformar uma fraqueza em força, a resposta soa artificial para muitos entrevistadores, além de clichê, já que eles ouvem essa resposta com frequência.

Consani enfatiza que as empresas buscam candidatos com autoconhecimento real. Reconhecer genuinamente uma área para melhoria e ter um plano de ação é mais valorizado do que frases feitas.

4. Promessas de disponibilidade e experiência

Declarar “total disponibilidade de horário” ou fingir domínio de ferramentas tecnológicas após assistir a tutoriais são armadilhas comuns. Ambos podem resultar em frustração futura, tanto para o candidato quanto para a empresa.

Consani defende a importância de ser claro sobre limitações e experiências, pois a verdade é essencial para uma confiança mútua e duradoura.

Portanto, Consani alerta que, embora mentir possa parecer uma estratégia, é uma via de alto risco. O diferencial de um bom candidato hoje reside na capacidade de ser verdadeiro, ao reconhecer tanto os pontos fortes quanto os a serem desenvolvidos.

* Com informações da revista Exame.