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Se você tem essas notas do real, pode estar segurando uma raridade!

Banco Central vai aposentar as primeiras notas do real, mas elas ainda valem.

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Em uma decisão que marca um novo capítulo na história do real, o Banco Central do Brasil anunciou que irá retirar de circulação as cédulas da chamada primeira família do real, aquelas que começaram a circular em 1994, com a implementação do Plano Real.

A medida será aplicada de forma gradual, sem afetar, por ora, a validade dessas cédulas no comércio e demais transações cotidianas.

Segundo instrução normativa publicada recentemente, o Banco Central (BC) orientou as instituições financeiras a recolherem progressivamente as cédulas mais antigas, substituindo-as por versões atualizadas, pertencentes à segunda família do real.

Apesar da substituição, as notas antigas continuarão com valor legal e poderão ser utilizadas normalmente até que sejam totalmente retiradas.

Banco Central vai aposentar notas antigas do real

Foto: iStock

O principal motivo por trás da decisão é a baixa durabilidade física das primeiras cédulas do real. De acordo com o BC, com o passar dos anos, essas notas tendem a apresentar desgastes significativos, o que compromete sua funcionalidade e segurança.

Além de dificultarem a identificação dos elementos de segurança, as cédulas antigas também prejudicam o funcionamento de equipamentos bancários, como caixas eletrônicos, máquinas contadoras e leitores automatizados.

“Considerando o tempo de vida útil dessas cédulas, é de se supor que suas condições físicas não estejam adequadas à circulação”, afirmou a autoridade monetária.

Atualmente, as notas da primeira família representam apenas 3% do dinheiro em circulação. Ainda assim, sua retirada é vista como uma forma de aumentar a eficiência da cadeia de serviços monetários, otimizando desde o transporte até o processamento das cédulas em todo o país.

Da primeira à segunda família do real: uma breve evolução

A chamada primeira família do real foi lançada em 1994, no início do novo padrão monetário. Já a segunda família começou a ser introduzida em 2010, com o lançamento das novas cédulas de R$ 50 e R$ 100, trazendo avanços significativos em design e segurança. Em seguida, vieram as novas versões de R$ 10 e R$ 20 em 2012, e de R$ 2 e R$ 5 em 2013.

A mais recente adição ao conjunto de cédulas brasileiras foi a nota de R$ 200, lançada em 2020 — valor inexistente na versão original da moeda.

A aposentadoria das primeiras notas do real representa mais do que uma simples substituição de papel-moeda. É uma iniciativa estratégica do Banco Central para garantir mais segurança, eficiência operacional e modernização do sistema financeiro brasileiro.

E embora essas cédulas ainda possam ser usadas, sua retirada gradual reforça a transição para um meio circulante mais adequado aos padrões tecnológicos e de segurança atuais.

Formado em Publicidade e Propaganda pela UFG, deu seus primeiros passos como redator júnior na agência experimental Inova. Dos estágios, atuou como assessor de comunicação na Assembleia Legislativa de Goiás e produtor de conteúdo na empresa VS3 Digital.

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