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Commodities

Itaú BBA vê aumento no preço do café com safra menor prevista no Brasil em 2021

Banco de investimento prevê queda de 33 milhões a 38 milhões de sacas de 60 kg nas exportações em 2021.

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O Brasil está embarcando grandes quantidades de café em 2020, escoando uma safra recorde e de boa qualidade, mas o mercado já deveria responder a perspectivas de uma forte queda em 2021, ano de baixa na bianualidade do arábica que também contará com efeitos da seca que atinge as regiões produtoras, disse um analista do Itaú BBA nesta quinta-feira.

De acordo com César de Castro Alves, o banco de investimento considera cenários de queda na exportação entre 33 milhões e 38 milhões de sacas de 60 kg em 2021, devido à quebra de safra já prevista.

De janeiro a  outubro, o Brasil exportou 35 milhões de sacas, levando em conta grãos verdes (31,7 milhões) e industrializados (3,34 milhões), após embarcar um volume recorde para outubro, de 4,1 milhões de sacas.

Durante evento online promovido pela CNA/Senar, Alves disse que, “inevitavelmente, teremos menos café para exportar” no ano que vem.

“(O mercado de) Nova York deveria subir, independentemente do nível de câmbio, de modo que os preços em reais fossem mais elevados do que estão hoje, essa é a leitura que tenho”, previu o analista.

Na semana passada, o Itaú BBA divulgou uma avaliação na qual projetou um recuo de 14% a 21% de safra de café do Brasil, maior produtor e exportador global do produto, na safra 2021/22.

“Ano que vem já seria uma safra menor (pela bianualidade), e ela será um pouco menor”, afirmou.

Em abril, os preços do café arábica vendidos em Nova York tocaram máxima anual de cerca de 1,35 dólar por libra-peso, e agora giram em torno de 1,10 dólar.

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