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Economia

Autoridades do BCE ecoam cautela mostrada pela presidente Christine Lagarde

Membros do BCE consideram a vacina uma notícia muito positiva, mas preferem de manter cautelosos.

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A promessa de uma vacina eficaz contra a Covid-19 gera alívio, mas a União Europeia ainda deve passar por novas restrições à atividade econômica para lidar com o crescimento de número de casos, disseram nesta sexta-feira duas autoridades do Banco Central Europeu.

Reforçando os comentários cautelosos feitos na véspera pela presidente do BCE, Christine Lagarde, o presidente do banco central da Espanha, Pablo Hernández de Cos, e a integrante da diretoria do BCE, Isabel Schnabel, consolidaram as perspectivas de uma nova rodada de estímulos em dezembro.

“A vacina é uma notícia muito positiva, no que diz respeito à confiança do investidor, confiança do consumidor e atividade econômica. Mas gostaria de ser cauteloso. No curto prazo, as restrições continuarão em toda a Europa” afirmou de Cos.

Na segunda-feira, a Pfizer informou que sua vacina experimental contra a Covid-19 mostrou 90% de eficácia com base nos resultados de estudos iniciais, elevando suas ações nas bolsas.

Schnabel também afirmou, em entrevista recente à CNBC, que a vacina é “uma excelente notícia”, mas ponderou que as novas restrições “diminuíram substancialmente as perspectivas para o quarto trimestre e também para o primeiro trimestre do ano que vem.”

A vacina “nos coloca de volta em nosso cenário básico” que projeta a economia recuando 8,0% em 2020 e se crescendo 5,0% em 2021 e 3,2% em 2022, disse Schnabel, enquanto de Cos afirmou que a segunda onda teve impactos que “não foram considerados” nessas projeções.

Em outubro, o BCE antecipou que iria anunciar um novo pacote de estímulo em dezembro, e Lagarde completou nesta semana que a ajuda seria baseada principalmente em novas compras emergenciais de títulos e subsídios aos bancos por meio de empréstimos a taxas de juros negativas.

Mas o cenário mudou desde a primeira onda da pandemia em março e o BCE teve que abordar a “intensidade” de suas compras de ativos, afirmou Schnabel, um possível sinal da queda no ritmo de compra.

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