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Economia

Zona do euro necessita de mais auxílio do BCE e governos, afirmam autoridades

Alguns dos membros da UE mais endividados foram os mais afetados pela pandemia.

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A zona do euro está passando por uma extensa retomada diante de uma crise profunda e precisa de mais apoio do Banco Central Europeu e dos governos locais, afirmaram diversas autoridades nesta segunda-feira.

Com a zona do euro provavelmente retornando à recessão no quarto trimestre, o BCE já disse que fornecerá mais estímulos em dezembro, provavelmente por meio de um programa de compras emergenciais de títulos e empréstimos a preços baixos aos bancos.

Mas  pedido vem justamente no momento em que o fundo de recuperação da UE tem que lidar com sua maior dificuldade até o momento. Nesta segunda-feira, a Hungria e Polônia vetaram o orçamento da União Europeia e um fundo de recuperação de 750 bilhões de euros, sua maior tentativa fiscal conjunta até o agora, que é considerada vital para limitar divergências econômicas.

“Dadas a piora das perspectivas para a atividade econômica e a inflação, o Conselho do BCE deve aumentar o nível de acomodação monetária e evitar problemas de fragmentação”, afirmou Pablo Hernández De Cos, chefe do banco central espanhol.

Mesmo com uma vacina agora quase finalizada, as restrições econômicas provavelmente continuarão em 2021, previu o economista-chefe do BCE, Philip Lane, que pediu apoio fiscal “significativo”.

“Achamos que durante todo o próximo ano ainda haverá interrupções à vida normal… mas até o final do próximo ano ou no início de 2022, acho que deve haver um retorno à normalização”, afirmou.

A grande dificuldade da UE é que alguns de seus membros mais endividados foram os mais afetados pela pandemia, resultando em um menor poder de impulsionar suas recuperações por meio de ferramentas fiscais internas.

Com um abismo já existente entre os países mais ricos do norte e os mais pobres do sul, uma divergência perigosa como o colapso do fundo de recuperação da UE poderia estimular o descontentamento social.

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