Mercados futuros iniciam dia em alta

Em meio à preocupação dos investidores com o avanço do coronavírus na Europa e nos Estados Unidos, a Bolsa doméstica se descolou dos seus pares ontem e atingiu os 107 mil pontos. Por aqui, os investidores acompanham a volta dos estrangeiros e estão atentos às questões político-econômicas, que devem voltar à pauta do Congresso após as eleições municipais. Às 9h05, o Ibovespa futuro registrava alta de 0,28%, aos 107.692 pontos,  em linha com o futuro do índice Dow Jones que sobe 0,44%, aos 29.851 pontos.

Em relatório, o sócio e economista-chefe do banco digital Modalmais, Álvaro Bandeira, chama a atenção para a recente entrada de fluxos que vem contribuindo para a alta da Bolsa. O exemplo está no rali da semana passada e também nesses dois dias dessa semana, principalmente com a volta dos investidores estrangeiros que estavam ausentes em quase todo o ano, aplicando liquidamente em outubro R$ 3,3 bilhões e, até a sessão de 13/11, já alocaram R$ 17,8 bilhões. Isso sem considerar que deve subir mais com o pregão de 16/11, quando tivemos exercício de opções de R$ 14 bilhões e block trade de Vale de R$ 2,5 bilhões.

De acordo com reportagem do jornal O Globo, líderes do Congresso resolveram deixar para depois das eleições municipais o debate sobre temas relevantes, como o Orçamento de 2021 e o Regime de Recuperação Fiscal.

Em meio ao aumento de infecção do coronavírus na Europa, nos Estados Unidos e, também, no Brasil, o governador do estado de São Paulo, João Dória, disse que o Instituto Butantan deve receber amanhã o primeiro lote da vacina CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac, em parceira com o Instituto brasileiro. Artigo publicado na revista científica The Lancet mostra que a vacina chinesa é segura e permite que o corpo crie anticorpos em até 28 dias.

Há pouco, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 3,05% no segundo decêndio de novembro, ante 2,92% no mesmo período do mês anterior. Com este resultado, a taxa acumulada em 12 meses passou de 20,56% para 24,25%.

Nos Estados Unidos, hoje, serão conhecidos os dados sobre empréstimos hipotecários e as licenças para construção de casas novas.