Resposta da Alemanha a coronavírus é “rápida e vigorosa”, diz FMI

O Fundo Monetário Internacional elogiou nesta quarta-feira a Alemanha e disse que o país enfrentou bem a primeira onda da pandemia de Covid-19 devido à firme resposta de Berlim, mas uma segunda onda do vírus está encobrindo as perspectivas de crescimento da maior economia europeia.

“Embora a economia tenha começado a se recuperar no terceiro trimestre, a perspectiva se enfraqueceu em face de uma nova onda de infecções, e os riscos negativos aumentam”, escreveu o fundo em seu relatório mais recente sobre a Alemanha.

O FMI elogiou o governo da chanceler Angela Merkel por sua resposta política “rápida e vigorosa”, que afirmou ter ajudado a segurar a retração da economia a um nível bem menor do que de outros grandes países da Europa.

A economia alemã recuou a um nível recorde de 9,8% no segundo trimestre, mas depois se recuperou em 8,2% no terceiro trimestre, melhor do que o esperado.

Desde março, o governo adotou uma série de medidas inéditas de proteção de empregos, apoio à liquidez para empresas, iniciativas de estímulo e planos de investimento de longo prazo.

O FMI disse ainda que Berlim deve manter suas políticas para colocar a economia em um curso de recuperação sustentada, protegendo o mercado de trabalho e assegurando que empresas viáveis se mantenham ativas.

“No geral, a economia alemã deve recuar cerca de 5,5% em 2020, com apenas uma recuperação parcial em 2021”, disse o credor internacional com sede em Washington.

Mas a entidade advertiu que a falha em controlar as novos casos pode demandar lockdowns mais severos e mais duradouros, o que geraria grandes riscos para as perspectivas.

Segundo o FMI, outras ameaças como um Brexit sem acordo e uma nova escalada nas tensões comerciais também podem afetar a economia da Alemanha.