Conecte-se conosco

Empresas

Anac precisa concluir ajustes finais para retomada do Boeing 737 MAX no Brasil

Suspensão do modelo ocorreu após dois acidentes na Indonésia e na Etiópia que mataram 346 pessoas.

Publicado

em

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou nesta quarta-feira que a aprovação para retomada dos voos das aeronaves modelo Boeing 737-800 MAX no Brasil ainda depende da conclusão de seus trabalhos ligados ao processo de validação das alterações do projeto.

“O objetivo é demonstrar que o projeto com as modificações propostas é seguro e atende aos requisitos de aeronavegabilidade necessários”, disse a Anac em comunicado.

Nesta quarta-feira, a autoridade de aviação norte-americana, a Federal Aviation Administration (FAA), autorizou a Boeing a retomar as operações de seu jato 737 MAX após dois acidentes fatais, e ainda divulgou uma diretriz de aeronavegabilidade explicando as mudanças exigidas.

Ocorridos em um intervalo de cinco meses em 2018 e 2019, os acidentes do 737 MAX na Indonésia e na Etiópia mataram 346 pessoas e geraram uma enxurrada de investigações, desgastaram a liderança dos EUA na aviação global e custaram por volta de 20 bilhões de dólares à Boeing.

A Anac afirmou, com base na diretriz da FAA, que fará os ajustes finais para enceramento do processo de validação para volta do modelo Boeing 737- 800 MAX no Brasil.

“Após o término desse trabalho, o operador brasileiro da aeronave, que atualmente é a GOL Linhas Aéreas, deverá incorporar e demonstrar de forma satisfatória o cumprimento de todas as novas diretrizes, tanto em termos de projeto quanto de treinamento de pilotos”, explicou.

A decisão da FAA reflete um trabalho conjunto com a agência brasileira e outras autoridades de aviação civil no mundo, em especial a europeia European Aviation Safety Agency (EASA) e a canadense Transport Canada Civil Aviation (TCCA), disse a Anac.

“Este esforço é exemplo de cooperação entre autoridades da aviação civil, apenas alguns países têm experiência para certificar um sistema tão complexo”, afirmou Rafael Botelho, diretor-presidente substituto da agência.

“No entanto, a Anac trabalha com avaliações independentes para assegurar que todos os requisitos necessários serão atendidos no retorno seguro das operações dessas aeronaves no Brasil”, completou.

Publicidade
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.

MAIS ACESSADAS