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Compare ações mais negociadas do Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4)

Analistas da Easynvest e Constância Investimentos, Murilo Breder e Gustavo Akamine, avaliam escolha de aplicações em setor bancário.

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Itaú, Banco do Brasil e Bradesco

O setor bancário foi um dos que mais sofreram na pandemia de Covid-19. Desse modo, o desempenho registrado por essas ações tem contribuído para levar o Ibovespa para baixo neste ano, já que os bancos constituem aproximadamente 25% do principal indicador da bolsa brasileira. Porém, ainda que com o recuo em 2020, ao longo das últimas semanas foram apresentados indícios de recuperação, impulsionando o retorno dos investidores para os papéis.

De acordo com a provedora de dados financeiros, Economatica, o lucro líquido registrado pelo Banco do Brasil, o Bradesco, o Itaú Unibanco e o Santander foi de R$ 15,5 bilhões. Esse foi o melhor resultado trimestral em 2020, porém, ainda 19,2% abaixo de igual período em 2019. 

Portanto, para auxiliar na escolha das aplicações, preparamos um comparativo feito pelos analistas da Easynvest e da Constância Investimentos, Murilo Breder e Gustavo Akamine. Entre os mais elevados volumes de negociação, estão as empresas Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4).

Breder avalia o Itaú (ITUB4 e (ITUB3) como o “banco mais eficiente e rentável”, além de estar apto à modernização que atinge o segmento. “Vem em boa hora o Itaú dar uma atenção grande para tecnologia, justamente porque os players que são mais ameaçadores neste momento são aqueles que investem muito nisso”, destaca Akamine. 

O lado negativo mencionado pelos especialistas consiste no valor da ação, sendo a opção mais cara se comparado o indicador de preço sobre lucro (P/L). No entanto, Breder frisa a importância de verificar o que há por trás dos números. “Acredito o Itaú seja o dono da melhor relação risco-retorno atualmente. Apesar de não estar tão barato como o Banco do Brasil, acredito que isto seja justamente pelo fato de o Itaú apresentar melhores métricas de eficiência e rentabilidade”.

No caso do Bradesco (BBDC3 e BBDC4), Breder diz ser ele “o banco com mais expectativa de retorno em dividendos em 2021, de 6,7%, enquanto a expectativa para o Banco do Brasil é de 5,1%”. Outro ponto importante, sublinhado por Akamine, é no negócio de seguros. Já quanto às fragilidades, Breder salienta que o Bradesco “está no meio do caminho entre Itaú e Banco do Brasil”. “Não é tão rentável como o Itaú nem possui a mesma opcionalidade de ganho de eficiência de um Banco do Brasil”, acrescenta.

Por fim, os analistas destacam os serviços diferenciais do Banco do Brasil (BBAS3), como pagamento de salário do funcionalismo público e aposentadorias. “A população brasileira ainda é altamente desbancarizada e a prestação de serviços essenciais deve dar resiliência ao Banco do Brasil”, suscita Breder. Ambos especialistas também ressaltam a avaliação do BB mais barata no P/L. Akamine argumenta que “por ser mais barato, também tem um retorno em dividendos maior”. 

Porém, o especialista frisa um ponto fraco, já que “diferente dos outros bancos, o Banco do Brasil ainda está numa tendência de aumento de provisão de perdas de crédito”, logo, tornando-se uma carteira mais arriscada.

Banco Variação em 2020* – ITUB3 Variação em 2020* – Ibovespa Variação desde a estreia da empresa na bolsa (1998) – – ITUB3 Variação desde a estreia da empresa na bolsa (1998) – Ibovespa
Itaú Unibanco -14% -8% 7.831% 798%
Bradesco -26% -8% 4.053% 798%
Banco do Brasil -34% -8% 3.129% 798%

Fonte: TradeMap (*dados até 16/11/2020)

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