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Economia

Aceitar inflação baixa à medida que mais estímulos chegam pode trazer prejuízos, avisa Lane, do BCE

Lane afirmou que apenas deixar o crescimento dos preços ficar abaixo da meta do BCE, de pouco menos de 2%, não é uma opção.

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O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, avisou nesta quinta-feira que tolerar “uma fase mais longa de inflação ainda mais baixa” traria danos ao consumo e ao investimento, bem como aumentaria as perspectivas de um baixo crescimento dos preços à frente.

Um novo pacote de estímulo para ajudar a abrandar o choque da pandemia de coronavírus está sendo criado pelo BCE. A autoridade monetária europeia também está revendo a forma como conduz suas operações, depois de não conseguir aumentar a inflação a sua meta por quase dez anos.

Apenas deixar o aumento dos preços ficar abaixo da meta do BCE, de pouco menos de 2%, não é uma opção, afirmou Lane.

“Tolerar uma fase mais longa de inflação ainda mais baixa… do que o originalmente previsto seria caro e arriscado”, disse o economista-chefe a um público acadêmico via web.

“Em primeiro lugar, isso implicaria uma recuperação mais fraca do consumo e do investimento, como resultado de expectativa de taxas de juros reais mais altas. Em segundo lugar, isso contribuiria para uma queda nas expectativas de inflação que poderia se consolidar”, acrescentou.

Membro do conselho do BCE, Isabel Schnabel disse nesta semana que o banco central deveria analisar postergar a elevação da inflação para sua meta de 2%, uma vez que sua política ultraflexível é restrita, tem efeitos colaterais e riscos de alienação do público.

A expectativa é que o BCE, em sua revisão estratégica, mude sua meta de inflação para 2% em relação a um “médio prazo” ainda incerto e reitere sua promessa de simetria, o que significa encarar com igual seriedade o descumprimento da meta tanto para baixo quanto para cima.

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