Dólar fecha em ligeira alta após quedas em dia de feriado nos EUA

O dólar fechou em alta discreta contra o real nesta quinta-feira, marcada por oscilações limitadas em outros mercados de câmbio, com pouca liquidez e sem a influência das praças dos Estados Unidos, fechadas durante o feriado de Ação de Graças.

Na cotação à vista, o dólar teve acréscimo de 0,30%, a 5,3363 reais na venda, depois de variar entre máxima de 5,3591 reais (+0,72%) e mínima de 5,2967 reais (-0,45%).

Agentes do mercado de câmbio não quiseram continuar vendendo depois de a cotação voltar a se aproximar de sua média móvel de 200 dias, hoje pouco abaixo de 5,29 reais. O mesmo aconteceu na última semana.

Às 17h23, o dólar futuro tinha alta de 0,15% na B3, a 5,3325 reais. Cerca de 116 mil contratos foram negociados até o esse horário no mercado futuro de dólar da B3, 41% da média das últimas 90 sessões.

O pregão teve pouca movimentação também no exterior, com várias moedas registrando variações limitadas ante o dólar.  Por ser feriado de Ação de Graças nos EUA, Wall Street e os demais mercados do país ficaram fechados.

Operadores recordaram que o dólar no Brasil vinha de dois dias de forte queda, com perda acumulada de 2,11%, e que era prevista uma interrupção em dia de menor liquidez.

O holofote dos mercados segue voltado para a sustentabilidade fiscal do Brasil, cujas dúvidas explicam, na visão de analistas, grande parte da depreciação nominal de 24,8% da divisa brasileira ante o dólar em 2020.

Mas algum alívio é esperado pelo UBS BB por outros bancos estrangeiros para o câmbio em 2021, com perspectiva de que o dólar encero 2021 em 4,95 reais, 8,3% abaixo do nível esperado para o fim deste ano, que é de 5,40 reais.

“O risco não é a saída de estrangeiros, mas, possivelmente, de recursos domésticos, se a situação se agravar. Como prevemos o déficit público recuar para o intervalo de 3% a 3,5% do PIB em 2021 e avanços nas reformas, esperamos o real ligeiramente mais forte ao término de 2021”, avaliaram analistas do UBS BB.