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Economia

Com auxílio emergencial de R$ 600, pobreza extrema é a menor em 44 anos, aponta FGV

Caiu de 4,2% para 3,3% o número de brasileiros em situação abaixo da linha da pobreza. Pesquisa considerou dados do IBGE

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De acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), a liberação do auxílio emergencial de R$ 600, R$ 1,2 mil para mães solteiras, para metade dos brasileiros, fez com que o Brasil alcançasse, em junho, a menor taxa de pobreza extrema em 40 anos.

Entre os meses de maio a junho, o número de brasileiros em situação abaixo da linha da pobreza reduziu de 8,8 milhões (4,2%) para 6,9 milhões (3,3%).

São considerados indivíduos em pobreza extrema, aquelas famílias que possuem menos de R$ 154 de renda mensal familiar per capita (por pessoa). O parâmetro é o mesmo utilizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), que categoriza como pobreza extrema as famílias com renda familiar per capita abaixo de US$ 1,90 por dia, com analogia ao poder de compra de 2011. No caso, o Ibre atualizou o número conforme a inflação acumulada.

As informações também identificaram que a distribuição do auxílio emergencial interferiu na queda da taxa da pobreza. Segundo o pesquisador da FGV, Daniel Duque, “houve incremento de renda na população entre 20% e 30% mais pobre, que teve aumento, fora o auxílio. No entanto, o auxílio foi mais predominante, gerando aumento de quase R$ 40 por pessoa entre os 10% mais pobres. Entre os 10% e 20% mais pobres, o aumento foi de R$ 20 e, entre os 20% e 30% mais pobres, de pouco mais de R$ 23”.

A pesquisa tem como instrumento os dados de pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desde 1976. Em maio e junho, a referência foi do estudo da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio Covid-19 (Pnad Covid-19), estudo feito pelo IBGE, por telefone, em mais de 190 mil residências por mês durante a pandemia do novo coronavírus.

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