Com fim do auxílio emergencial, 13º e INSS podem ajudar a pagar contas

O governo federal divulgou a antecipação em um mês do abono PIS/Pasep, a ser pago a partir de 11 de fevereiro, ao invés de meados de março. Igual condição deve ocorrer com o 13º salário de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), podendo ser adiantado mais uma vez.

De acordo com o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fábio Bentes, esses recursos injetarão R$ 37 bilhões na economia brasileira, sendo R$ 20 bilhões referente a primeira parcela do 13º salário do INSS e R$ 17 bilhões do abono salarial.

“O montante representa mais ou menos 15% do total pago pelo auxílio emergencial em 2020 — R$ 254 bilhões, para 66,4 milhões de pessoas”, diz Bentes, em entrevista ao Correio Braziliense.

Porém, alerta o economista, contabilista e fundador da Attend Assessoria Consultoria e Auditoria S/S, Sandro Rodrigues, que é necessário não deixar a emoção falar mais alto ao receber as quantias. “É importante ter consciência de que, em dezembro de 2021, o cidadão não terá essa parcela que foi antecipada. As despesas natalinas ficarão mais magras. Economizar essa quantia, agora, com um investimento adequado ao seu perfil é a forma mais garantida de ter o Natal nos padrões desejados”, recomenda Rodrigues, ao falar com o veículo de comunicação.

“Pesquise qual é o melhor investimento. Lembro que a poupança está com rendimento atualmente negativo, ou seja, seu poder de compra nas festas de fim de ano ficará menor se essa for a aplicação escolhida”, acrescenta o economista. Já aqueles que se encontram no vermelho, é necessário quitar dívidas, especialmente as do cartão de crédito, crediário e cheque especial, assim como se livrar das tarifas do início de ano – IPTU, IPVA, seguros, entre outros. E caso queira se tornar microempreendedor, o dinheiro extra poderá ser o aporte inicial para investir.

Além disso, em meio à pandemia de Covid-19, foi identificada ainda mais a importância da construção de uma reserva de emergência. O seu valor varia conforme cada tipo de trabalho, estável ou não, devendo representar pelo menos seis meses do custo de vida e em um investimento com liquidez diária. “Se você gasta R$ 1 mil por mês, tem que reservar de R$ 6 mil a R$ 12 mil investidos, por exemplo, na renda fixa”, argumenta o financista do Canal 1 Bilhão Educação Financeira, Fabrizio Gueratto, também ao portal de notícias.