China ultrapassa Estados Unidos e vira maior parceiro comercial da União Europeia

Atualmente, a Europa comercializa mais mercadorias com a China do que com os Estados Unidos. Dados divulgados nesta semana pelo serviço de estatísticas da União Europeia (UE) atribuíram a mudança a um aumento de 5,6% nas importações da China em 2020 e um volume 2,2% maior nas exportações.

Simultaneamente, houve uma “queda significativa” no que diz respeito ao comércio com os Estados Unidos, sendo que as importações caíram 13,2%, e as exportações, 8,2%. Em 2020, o valor global do comércio de bens entre a UE e a China foi de € 586 bilhões (aproximadamente R$ 3,82 trilhões), cerca de € 31 bilhões (próximo de R$ 202 bilhões) a mais do que entre a UE e os Estados Unidos.

A economia da China, por sua vez, expandiu 2,3% no ano passando, enquanto se recuperava da pandemia. Os Estados Unidos, por outro lado, viu sua produção encolher 3,5%. Daniel Gros, membro do Centro de Estudos de Política Europeia, afirmou que a mudança era esperada, em razão do poder da China na indústria mundial.

No entanto, ele destaca que os laços entre a Europa e os Estados Unidos permanecem muito fortes. A UE, inclusive, continua exportando muito mais para o país norte-americano do que para China, gerando um número significativo de empregos. “A relação transatlântica mundial ainda é muitíssimo mais forte do que a que existe entre a Europa e a China”, destaca Gros.

Apesar de enxergar a China como um “concorrente estratégico” e “rival sistêmico”, a UE busca aprofundar sua relação econômica com o país, inclusive finalizou um acordo de investimentos no ano passando para conseguir mais acesso ao mercado.