Economia
Entenda o motivo dos carros populares estarem ficando tão caros no Brasil
Impostos, pandemia, hábitos de consumo e mais: entenda o porquê dos automóveis populares estarem ficando tão caros.
No início de fevereiro deste ano, o preço do Volkswagen Gol, carro mais barato da marca no Brasil, passou de R$ 76 mil em sua versão mais completa e com opcionais. O alto preço fez muitas pessoas questionarem o motivo de automóveis de entrada das montadoras estarem ficando tão caros.
A primeira explicação fica por conta da pandemia, visto que as principais montadoras do Brasil precisaram suspender suas atividades nas linhas de montagem. Quando voltaram a produzir carros 0km no segundo semestre de 2020, o ritmo de fabricação já era bem mais lento que o normal e a demanda por carros novos no período não caiu tanto quanto era esperado.
Ou seja, oferta baixa e demanda em alta resultam em aumento no valor do produto.
É possível também citar vários itens que estão em falta no mercado, como processadores, chips e semicondutores. Esses objetos são fundamentais para o funcionamento de qualquer automóvel.
E já que estamos falando das peças, é preciso ressaltar que, mesmo no caso de um automóvel fabricado no Brasil, ele ainda utiliza peças importadas. Ou seja, as montadoras acabam ficando refém do dólar e suas flutuações em relação ao real.
Além disso, a cadeia tributária no Brasil é uma das mais complexas do mundo, com tributações nas esferas federal, estadual e municipal. Dessa forma, o valor de um mesmo carro em diferentes locais pode apresentar variações de preço.
Mudança de hábito
Há 50 anos, o processo para fabricar um carro tinha poucas exigências. Atualmente, existem outras questões envolvidas, como ambientais e de segurança no tráfego. Essa nova dinâmica faz com que governos de todo mundo exijam metas bem mais restritas em relação à emissão de poluentes, por exemplo. Nesse sentido, os gastos das montadoras são consideravelmente maiores. Os automóveis hoje em dia também contam com airbags, freios ABS, entre outros, tornando o processo de produção mais caro.
Por fim, o hábito de consumo também mudou muito. Atualmente, quase ninguém procura um carro sem ar-condicionado, direção ou vidro elétrico.
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