Em evento, Bolsonaro e Guedes defendem medidas contra o desmatamento na Amazônia

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, comemoraram o lançamento de um fundo que irá financiar medidas de proteção à Amazônia. Durante a 61ª Assembleia de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que teve início nesta quinta-feira, 18, serão discutidas soluções para o desenvolvimento sustentável da região.

A proposta de criação do fundo partiu do governo brasileiro após a polêmica envolvendo o desmatamento da floresta amazônica no ano passado, o que desencadeou uma reação negativa internacional em relação ao país. A reunião é realizada virtualmente e segue até o próximo domingo, 21.

Bolsonaro aproveitou a oportunidade para se defender das críticas. Segundo o presidente, a partir de uma iniciativa do governo federal, nos últimos seis meses foi registrada uma queda de 20% nos alertas de desmatamento na Amazônia em relação ao mesmo período do ano anterior. Ele acrescentou ainda que, com isso, foi possível evitar o desmatamento de uma área equivalente a 1 mil quilômetros quadrados.

O presidente destacou que o fundo tem como prioridade o incentivo à bioeconomia. “Nossos esforços estão voltados para dar continuidade a esses resultados nos próximos meses. Seremos auxiliados nessa tarefa pelo satélite Amazônia 1, lançado no fim de fevereiro. É o primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, testado e operado pelo Brasil”, explicou.

Já Guedes destacou que a exploração sustentável é fundamental para apoiar a economia da região. “A sustentabilidade da Amazônia depende da desburocratização e modernização do estado brasileiro. O aproveitamento sustentável dos recursos florestais gera renda e emprego para as comunidades locais e traz novos aliados para o combate do desmatamento ilegal. Queremos extirpar o desmatamento ilegal”, disse o ministro.

O Governo Federal também solicitou aos representantes do BID transparência em relação aos gastos na Amazônia. Segundo Bolsonaro, o fundo deve respeitar as prioridades nacionais, além dos interesses de cada país, sem deixar de lado a inovação da iniciativa privada e a versatilidade.