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CVC registra lucro líquido de R$82,3 mi no 4º tri, revertendo prejuízo

No acumulado do ano, as perdas cresceram de R$ 12,9 milhões, em 2019, para R4 387,3 milhões no ano passado

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Diretor da CVCB3 renuncia ao cargo

A CVC (CVCB3) reportou lucro líquido de R$ 82,3 milhões no quarto trimestre de 2020, revertendo prejuízo de R$ 144,8 milhões em igual período de 2019, conforme relatório encaminhado ao mercado.

De acordo com o documento, no acumulado do ano as perdas cresceram de R$ 12,9 milhões, em 2019, para R4 387,3 milhões no ano passado.

Entre outubro e dezembro, a receita líquida da CVC somou R$ 162,8 milhões, uma queda de 48,9% sobre 12 meses antes.

Já o Ebitda ajustado, importante referência para a geração de caixa, piorou, com saldo negativo de R$ 171,7 milhões, ante perdas de R$ 58,3 milhões na mesma comparação.

Com isso, a margem Ebitda sofreu uma forte deterioração de 87,2 pontos percentuais, passando de -18,3% para -105,5%.

A CVC encerrou dezembro com uma dívida líquida de R$ 728 milhões, bem inferior ao R$ 1,744 bilhão de um ano antes, mas acima dos R$ 508 milhões devidos em setembro do ano passado.

CVC (CVCB3) reporta lucro líquido de R$82,3 mi no 4º tri, revertendo prejuízo

CVC

A administração da operadora de turismo CVC pode tomar uma ação rara na história corporativa brasileira: pedir um ressarcimento de ex-diretores, que inclua devolução parcial de bônus e ações recebidas em plano de opções. Com a conclusão das investigações sobre erros contábeis, a empresa recomendou na sexta-feira à noite aos acionistas que aprovem uma arbitragem para pedir ressarcimentos – o que será votado em assembleia extraordinária em 27 de abril.

Empresas nacionais costumam evitar confrontos, mesmo que entendam que possa ter havido perda por falta de diligência. Na potencial arbitragem, a CVC pretende incluir quatro ex-executivos, entre eles Luis Eduardo Falco, ex-CEO e ex-presidente do conselho.

“Cabe aos acionistas definirem sobre a proposição do conselho porque, em última instância, são os donos da companhia que teriam sido afetados. Não tenho avaliação sobre o assunto porque cheguei após os fatos e não participei da investigação, meu olhar é para a gestão da empresa”, disse Leonel Andrade, presidente da CVC.

Uma fonte que efetivamente acompanhou as investigações disse que não foi possível encontrar prova de dolo na conduta dos executivos, mas diz que é “inquestionável” que os erros contábeis melhoravam artificialmente os resultados da CVC, o que se traduzia em bônus. “Os sistemas de controle eram manuais, mas nunca erravam para menos”, afirmou.

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