Empresas
Ânima anuncia R$2,5 bi em debêntures para pagar compra da Laureate
A operação será feita em duas tranches
A empresa de educação Ânima (ANIM3) informou na segunda-feira (12) que seu conselho de administração aprovou proposta de emissão de R$ 2,5 bilhões em debêntures.
Segundo fato relevante, a emissão destinada exclusivamente a investidores profissionais, e os recursos serão usados para pagar a compra do grupo Laureate no Brasil.
A operação será feita em duas tranches, uma de R$ 500 milhões, com vencimento em dois anos, a outra de dois bilhões de reais e com prazo de seis anos.
Ânima
O grupo Ânima Educação espera receber o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a conclusão da compra dos ativos da norte-americana Laureate no país em meados de abril.
A expectativa, de acordo com fontes, que falaram na condição de anonimato, é de que a bênção por parte do órgão antitruste seja concedida sem a exigência de ‘remédios’, abrindo, assim, o caminho para a fase da integração dos negócios, após acirrada disputa no mercado de educação local.
A aquisição dos ativos da Laureate pela Ânima por R$ 4,4 bilhões criou um grupo de 338 mil alunos e a posiciona como a terceira maior empresa de educação no País listada em bolsa, atrás de Cogna e Yduqs.
Anunciada em novembro do ano passado, a transação foi acertada após um verdadeiro ringue formado entre a Ânima e a Ser Educacional, que chegou a fechar acordo de compra com a Laureate, mas perdeu o jogo após a rival fazer uma oferta R$ 500 milhões superior à sua, além de oferecer um bônus, o chamado earn-out, de R$ 200 milhões relacionado a métricas financeiras. A disputa se encerrou com um acordo entre Ânima, Laureate e Ser.
Após vencer a batalha, a empresa paulista sinalizou que esperava o aval do Cade em até quatro meses. Esse prazo se esgota agora em março e a expectativa, de acordo com fontes, é de que o órgão antitruste se posicione no início de abril.
Além disso, a Ânima também indicou que o desenho da operação com a Laureate tornava mais simples a aprovação por parte do órgão de proteção à concorrência. Isso porque já na largada previa a venda da faculdade FMU, que pertence à Laureate, ao fundo norte-americano Farallon por R$ 500 milhões. O negócio foi atrelado à aprovação daquele entre Ânima e Laureate.
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