Economia
Insatisfação popular pode forçar governo a anunciar prorrogação do auxílio emergencial
Benefícios em evidência
A insatisfação popular com o governo do presidente Jair Bolsonaro pode forçar a equipe econômica a anunciar prorrogação do auxílio emergencial, bem como reformulação do Bolsa Família.
Isso porque o cenário político mudou, com manifestações populares contra o chefe do Executivo, bem como o retorno de Lula, que poderá concorrer na próxima eleição.
Caso as iniciativas se confirmem, significa dizer que o presidente Bolsonaro vai adotar medidas consideradas por ele mesmo como populistas para, assim, aplacar a fúria das massas.
Técnicos do ministério da Economia, inclusive, recomendam que o auxílio se transforme em uma espécie de “ponte” para a nova política social permanente do governo.
Para se ter ideia, o auxílio emergencial beneficia hoje 39,1 milhões de brasileiros, com parcelas em valores de R$ 150 a R$ 375. No desenho atual, a última parcela é prevista para julho deste ano.
Se preciso for, o governo poderá implementar tais ações por meio de Medida Provisória.
Levantamento do estadão dá conta de uma sobra de recursos de cerca de R$ 44 bilhões já destinados à nova rodada do auxílio emergencial que pode ser usada na prorrogação do programa.
O jornalão também informa que os recursos restantes para as parcelas adicionais podem ser bancados por meio de crédito extraordinário, fora do teto de gastos (regra que limita o avanço das despesas à inflação), já que a pandemia tem se prolongado.
Auxílio Emergencial
Outra possibilidade referente ao auxílio emergencial é torna-lo retroativo, ou seja, que as parcelas de R$ 600 voltem a ser pagas.
Trata-se do Projeto de Lei (PL) 58/21, de autoria do deputado Wilson Santiago. Ele propõe que sejam pagas parcelas retroativas referentes às datas de 1.º de janeiro a 30 de junho de 2021. A proposta já está em pauta na Câmara dos Deputados.
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