Susep quer baixar preço dos seguros, mas bancos e corretoras resistem

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) quer baixar o preço dos seguros, mas bancos e corretoras resistem.

Isso porque para conseguir baratear o setor, a autarquia propõe, inclusive, fatiar o serviço, ou seja, o usuário poderia segurar parte de um automóvel, ao invés do veículo inteiro.

Trata-se do Open Insurance, ou Seguro Aberto em tradução livre, e as regras devem entrar em vigor neste ano.

Entretanto, a queda de braço promete ser grande, visto que grupos financeiros vinculados à CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) se opõem à iniciativa.

Eles alegam que os prazos e as regras propostos pela Susep colocam em risco o sistema de seguros no país.

Susep

De acordo com a autarquia, o open insurance é um conjunto de regras e procedimentos que permite criar um mercado aberto de seguros.

No open insurance, as empresas do setor de seguros terão que abrir os dados que possuem de seus clientes -desde que esses consumidores autorizem esse compartilhamento. Segue a mesma lógica do open banking, já lançado.

Também disse que para que essa troca de dados possa ocorrer entre diversas empresas de forma segura e rápida, todas os participantes do setor terão que chegar a um consenso para criar um sistema único, padronizado de transações das informações desse mercado.

E acrescentou: “o mais importante para a Susep é o crescimento do mercado com maior inclusão financeira, com o acesso a seguros para mais pessoas. O open insurance vai trazer mais produtos e a customização desses produtos.”

Funcionamento

Ainda de acordo com a Susep, no open insurance o dono das informações é o consumidor. Se esse cliente quiser, os dados dele que estão numa seguradora A poderão ser pesquisados por uma seguradora B, ou outra empresa autorizada a atuar com seguros.

O objetivo do acesso a esses dados é oferecer um produto concorrente, melhor ou mais barato.