Economia
Copom/BC: maioria de instituições aprovou alta da Selic
102 instituições apoiaram alta de um ponto percentual, que atende ‘política contracionista’ do BC
A maioria (87%) das 102 instituições financeiras consultadas pelo Conselho de Política Monetária do Banco Central (Copom/BC) – antes da reunião deste, nos dias 3 e 4 de agosto – votou pela alta da taxa básica de juros (Selic) de um ponto percentual. A consulta foi feita, por meio de questionário no dia 23 de julho último,
votou pela alta de um ponto percentual (p.p) da Selic (74%), em questionário distribuído pelo o que acabou se concretizando na reunião doem que 87% das 102 instituições financeiras responderam afirmativamente para a medida, que alçou a taxa básica 4,25% a 5,25% ao ano – ao passo que 24 delas consideraram melhor uma elevação de 0,75 ponto percentual, e apenas duas, que defendiam um tranco de 1,25 ponto percentual.
Elevação ‘apropriada’ – Para sua tomada de decisão, o Copom avaliou que a alta de 1 ponto seria “apropriada” ao ciclo de elevação da taxa de juros acima do nível considerado “neutro”, até atingir um “patamar” contracionista, isto é, aquele que “freia a atividade econômica e a inflação”, por efeito.
Neutralidade e contração – A partir da ata do BC, fica reforçado para o mercado a intenção da autoridade monetária de prosseguir na estratégia de colocar a Selic acima do nível “neutro”, sob o argumento de que “o risco fiscal elevado” continuaria produzindo “assimetria de alta para a inflação no horizonte relevante”, o que justificaria “assim uma trajetória para a política monetária mais contracionista do que a utilizada no cenário básico”.
Mediana para 2022 – A reunião do conselho ocorreu entre os dias 3 e 4 de agosto, depois que as instituições participantes receberam o questionário pré-Copom em 23 de julho último, quando a mediana de projeções de 7% da Selic, para o fim de 2022, e de 3,8% para a inflação, no mesmo período. Atualmente, a autarquia mira metas de inflação de 3,5% e 3,25% para 2022 e 2023, respectivamente, e de 3,7% e 4,2% às medianas de projeções da inflação dos preços livres e administrados.
Viés positivo – Em outra amostra, das 100 instituições financeiras e consultorias, 59% optaram por viés de alta para a inflação do ano que vem. No caso da Selic, a aposta majoritária é de 7%, 6,73% da inflação, 10,7% para preços administrados e 5,4% dos preços livres.
Para o PIB, a alternativa preferencial é de um avanço de 5,3%. Desagregado, esse resultado decorre de avanços, como o de 4,7% (consumo das famílias); 12,4% (formação bruta de capital fixo); 1,3% (gastos do governo); 7% (exportações) e 11,2% (importações). Altas também foram verificadas na agropecuária (3,1%); indústria (5,6%) e nos serviços (4,9%).
Desemprego estável – Sobre o desemprego, a mediana de projeções de mercado aponta para um pequeno aumento, de 13,3% para 14% quanto à taxa de desemprego, para o fim deste ano. Para o PIB de 2022, o viés das estimativas se dividia em: 12% com risco de alta; 59% com riscos equilibrados; 29% com risco de baixa.
Economias emergentes – Importante indicador da saúde das contas públicas, a dívida bruta do governo geral deverá chegar a 2030 em 87% do PIB, com ponto-médio atingindo valor máximo em 2026. Para 14% dos consultados pelo Copom, desde a reunião anterior do Copom, o cenário externo ficou mais favorável às economias emergentes, para 49% que consideraram não terem havido mudanças relevantes e 37% que admitiram que o quadro externo ficou menos favorável.
Com informações do site Valor Investe.
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