Nubank pode começar a cobrar taxas após mudanças do Banco Central?

O Banco Central (BC) vem sendo cobrado por instituições mais tradicionais, os chamados “bancões”, para impor exigências mais justas em relação a atuação das fintechs no país. Tal medida pode impactar o financeiro de bancos digitais, como o Nubank, por exemplo, que repassaria parte da conta para o bolso do consumidor.

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O argumento dos “bancões” em exigir uma regulamentação mais rígida dos bancos digitais tem a ver com o próprio funcionamento deste tipo de empresa, visto que elas oferecem os mesmo produtos que uma instituição tradicional, como cartão de crédito, conta corrente, pagamento de boletos, transferências, dentre outras funções.

Em contrapartida, as fintechs declaram que, diferentemente dos bancos tradicionais, elas não pegam o dinheiro dos clientes e “emprestam” para terceiros, como geralmente ocorre em bancos tradicionais. Dessa forma, caso o banco “quebre”, o dinheiro estará investido em títulos públicos, o que garante mais segurança financeira.

Por tudo isso, as fintechs declaram necessitar de uma regulamentação diferente, enquanto os bancos tradicionais se opõem a isso, dizendo que a cobrança do BC deve ser igual para todas as empresas. Sendo assim, caso isso se concretize, é possível que instituições como o Nubank, por exemplo, passem a cobrar taxas pelos seus serviços mais básicos, até então gratuitos.

Apesar das informações preliminares divulgadas na última semana, ainda não há um veredito sobre as mudanças nas taxações das fintechs. Por enquanto, trata-se apenas de especulação de mercado. Além disso, vale ressaltar que os modelos de negócio do banco Inter e C6 Bank já são regulamentados como de bancos tradicionais, o que pode livrar o Nubank de uma taxação definitiva.