Banco do Brasil e Caixa recuam e desistem da ideia de deixar a Febraban

A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil desistiram da ideia de abandonar a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). A notícia surge após ameaças dos bancos públicos, que estavam insatisfeitos com a entidade após ela assinar o manifesto “A Praça dos Três Poderes” a favor da democracia.

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O documento, que foi assinado por mais de 200 entidades e capitaneado pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), foi mal recebido em setores do governo, que enxergaram no seu conteúdo um ataque à gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, chegou a sugerir à saída das duas estatais da Febraban. No entanto, como informaram assessores presidenciais, Bolsonaro determinou que os bancos permanecessem associados à entidade.

Do lado da Febraban, o assunto do manifesto está encerrado, ao dizer que não se vinculará a quaisquer decisões que a Fiesp venha a tomar daqui para frente.

Em nota divulgada na noite desta quinta-feira, 2, a entidade afirmou ainda que o apoio dado ao documento partiu de um contexto “plurifederativo de entidades representativas do setor produtivo”, com o objetivo de defender a harmonia do ambiente institucional do Brasil.

O governo já deu por encerrado o caso do manifesto da Fiesp, apesar da sua preocupação com o posicionamento de crítica à gestão de Bolsonaro. Por outro lado, retirar a Caixa e o Banco do Brasil da Febraban só aumentaria o clima de tensão latente entre o Planalto e o setor do empresariado.