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Economia

Golpes com Pix: Especialistas dão sugestões como 2º celular, botão do pânico e ‘amigo autenticador’

Banco Central quer restringir ferramenta para evitar que criminosos usem o Pix em sequestros-relâmpago e roubos.

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Após a criação do Pix, criminosos têm se aproveitado da ferramenta para fazer sequestros-relâmpago e roubos nos quais exigem transferências instantâneas da vítima. O Banco Central, entidades e especialistas estão pensando em soluções para evitar que esses crimes ocorram.

Em São Paulo, o número de ações violentas envolvendo o sistema de pagamentos disparou. Sob a mira de uma revólver ou grave ameaça, a vítima é coagida e transferir o dinheiro para o criminoso usando a ferramenta.

No último dia 27, o Banco Central anunciou medidas para tentar reduzir esse tipo de crime. Uma delas é a criação de um limite de R$ 1.000 para transações feitas das 20h às 6h via Pix e TED em canais digitais. O usuário também poderá cadastrar contas específicas que poderão receber valores acima do teto, mas os pedidos só passarão a valer após 24 horas.

O que dizem os especialistas

Especialistas em segurança consultados pela Folha deram algumas sugestões para evitar esse tipo de crime, como propostas de alterações e inovações tecnológicas nos aplicativos dos bancos e nos sistemas operacionais dos celulares.

“Tenho 30 anos de varejo, posso dizer que nunca tem uma bala de prata. A gente está falando de um produto [o Pix] que tem quase 900 milhões de transações por mês”, avaliou o o diretor-executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban, Leandro Vilain.

A seguir, veja as principais sugestões de mudanças sugeridas por especialistas para evitar sequestros-relâmpago e outros crimes envolvendo o Pix:

Verificação dupla: chamado de “amigo identificador”, a proposta é exigir uma autorização remota de uma pessoa previamente cadastrada pelo usuário para liberar a transação. Além de reduzir a privacidade, uma dificuldade é que a pessoa pode estar inacessível e não receber a solicitação.

Bloqueio por geolocalização: a ideia é cadastrar regiões nas quais seria permitida a realização do Pix acima de um certo limite. O problema é que isso não evitaria roubos em casa ou no trabalho, podendo incentivar a realização de crimes premeditados.

Bloqueio por horário: Pix acima de um certo valor só poderiam ser feitos em horário comercial ou horários em que o usuário geralmente está em local seguro. Entretanto, a medida poderia prolongar um sequestro até o horário permitido.

Outras ideias citadas são o bloqueio por perfil do destinatário, ocultação ou camuflagem do aplicativo no celular, uso de dois aparelhos celulares, botão do pânico (senha específica para informar crimes), dois perfis distintos no celular e compartilhamento de informações entre bancos e autoridades de segurança.

Jornalista graduada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), integra o time VS3 Digital desde 2016. Apaixonada por redação jornalística, também atuou em projetos audiovisuais durante seu intercâmbio no Instituto Politécnico do Porto (IPP).

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