Safra de laranja de SP e MG deve ser 9% menor este ano

A safra de laranja na safra 2021/22 do cinturão citrícola de São Paulo e Minas Gerais, que responde por quase todas as exportações de suco de laranja do país, será abaixo do esperado. Segundo o órgão de pesquisa Fundecitrus, as instabilidades do clima deste ano, que geraram, primeiramente, a falta de chuvas e, em seguida, as geadas impactaram diretamente na produção do fruto nas regiões. Os fatores climáticos registrados no mês de julho interferiram na qualidade das laranjas, que diminuíram de tamanho e tiveram quedas prematuras.

O levantamento, realizado pelo órgão em parceria com a Markestrat, FEA-RP/USP e FCAV/Unesp, estimou uma queda de 9% na safra, que deve chegar a 267,87 milhões de caixas de 40,8 kg. O volume representa 26,30 milhões de caixas a menos, na comparação com expectativa divulgada no mês de maio.

Em nota, o coordenador da Pesquisa de Estimativa de Safra do Fundecitrus, Vinícius Trombin, informou que os dados atípicos mostram uma gradual piora da safra, que vem sendo constatada à medida que as colheitas avançam. “Esses fatores fazem a projeção recuar aos mesmos patamares da safra passada, que também foi bastante prejudicada por condições climáticas desfavoráveis e se encerrou em 268,63 milhões de caixas, apesar da carga de frutos atual ser 12,5% maior devido à bienalidade positiva”, afirmou.

O Fundecitrus ressaltou que as previsões futuras também podem ser ainda mais graves, já que o país se encontra hoje em um grav crise hídrica, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). E um dos fatores que ocasiona a queda da produção é justamente a piora no regime de chuvas.

O Brasil é considerado o maior exportador global da commodity.