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Automobilística

Montadoras de carros decidem que não baixarão preços dos veículos após pandemia

Crise no setor automotivo motivou paralisação na produção de carros zero km e fez os preços dispararem. Contudo, empresas lucraram como nunca.

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Para desânimo de muitos compradores, algumas montadoras de carros disseram que os preços permanecerão altos. No caso, a BMW e a Daimler decidiram manter a produção de veículos de luxo reduzida. Mesmo após a pandemia, a produção se manterá como está. A decisão acaba impactando no aumento do valor desses veículos.

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Crise

Vale lembrar que o setor automotivo ainda encontra-se em crise. A falta de semicondutores paralisou diversas linhas de produção, além de afetar a oferta de veículos novos. 

Contudo, mesmo após a futura estabilização do setor, as montadoras citadas decidiram não voltar à produção inicial. A iniciativa é deliberada e tem a função de congelar o valor dos carros como estão. Assim, lucra-se mais com a venda dos carros e os gastos com produção acabam diminuindo.

Pronunciamentos

O líder de finanças da Daimler, Harald Wilhelm, disse que a empresa está conscientemente “fornecendo abaixo dos níveis de demanda atuais”. Por outro lado, a montadora dará mais atenção “aos topos de linha, aos veículos de luxo”.

Enquanto isso, Nicolas Peter, diretor financeiro da BMW, afirmou que a marca manterá a produção e o preço como estão. “Notamos um aumento significativo do poder de venda nos últimos 24 meses”, disse.

Efeito em cadeia

O problema dos recentes anúncios é o efeito que podem causar nas demais fabricantes. Isso porque, o setor de automóveis notou que lucra-se mais ao produzir menos.

De acordo com especialistas, cada 1% a menos de desconto, pode gerar US$ 20 bilhões de lucro. A comparação se aplica ao mercado de modo geral e foi percebida com clareza na pandemia.

Diferentemente do que se imagina, a crise nas fábricas foi uma amostra do lucro que estava sendo perdido. Os consumidores continuaram a investir dinheiro em carros cada vez mais caros.

A partir dessa visão, o risco é que as demais montadoras pelo mundo aceitem os preços altos. Além disso, ao diminuir a produção em fábricas, o desemprego também pode ser agravado.

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