Confiança do setor de serviços no Brasil mantém tendência de recuperação em agosto, segundo FGV

A confiança do setor de serviços no Brasil manteve sua tendência de recuperação recente no mês de agosto. Pelo quarto mês consecutivo, o índice registrou alta, em meio à melhora da percepção sobre o momento presente e as expectativas. Entretanto, ainda existem algumas incertezas no cenário econômico que limitam o ritmo dos ganhos no curto prazo.

Segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira, 28, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) avançou 6,0 pontos em agosto, a 85,0 pontos. No entanto, o indicador permanece abaixo do nível pré-pandemia de fevereiro, quando registrou 94,4 pontos.

Em nota, o economista do FGV Ibre, Rodolpho Tobler afirmou que a confiança de serviços segue a trajetória de recuperação em agosto. Entretanto, mesmo com a alta, a velocidade dessa retomada está sendo mais lenta que nos demais setores da economia.”

“A confiança dos empresários de serviços tem evoluído junto com as medidas de flexibilização, mas alguns segmentos ainda encontram obstáculos e a elevada incerteza dificulta a projeção de um cenário mais otimista no curto prazo”, concluiu.

Os principais centros econômicos brasileiros, como São Paulo por exemplo, iniciaram o processo de reabertura de estabelecimentos e empresas nos últimos meses, com o objetivo de impulsionar uma recuperação após a crise provocada pela pandemia de coronavírus, e consequentemente a necessidade de medidas de isolamento social.

No entanto, essa retomada da economia vem acontecendo enquanto a disseminação do vírus continua em alta no país, com mais de 118 mil óbitos pela Covid-19 registrados desde o início do surto.

Em agosto, o Índice de Situação Atual (ISA-S) da confiança do setor de serviços cresceu 5,8 pontos, a 76,8 pontos, ainda abaixo do nível pré-Covid. O Índice de Expectativas (IE-S), por sua vez, subiu 6,2 pontos, a 93,5 pontos, atingindo seu maior valor desde fevereiro deste ano, quando foram registrados 98,9 pontos.