Vaca louca: exportações para China seguem sem previsão de serem retomadas

O Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou que os embargos às importações de carne bovina do Brasil para China seguem mantidos. As exportações foram suspensas depois que dois casos de vaca louca foram registrados no país no começo do mês de setembro.

Uma nota enviada pelo Mapa afirma que não há previsão da retomada dos negócios. “Temos atendido pronta e tempestivamente todos os pedidos de informação que nos são dirigidos. Além disso, encaminhamos solicitação para reunião técnica, ainda não agendada pelas autoridades chinesas, que alegam estarem analisando as informações enviadas. Da forma como está acordado hoje, não temos como estabelecer uma data”, esclarece o documento.

Assim, o mercado segue paralisado e cogitando que a justificativa da demora possa estar ligada à forma com a qual o governo brasileiro criticou a China durante a pandemia. Isto porque, em 2019, após caso semelhante de vaca louca, o país asiático retomou as importações 13 dias após o diagnóstico da doença.

Desta vez, de acordo com o Mapa, mesmo diante da confirmação oficial dos casos, o risco de contaminação foi considerado insignificante. Portanto, nada estaria, tecnicamente, impedindo essa retomada. Afinal, o protocolo vigente entre os dois países continua sendo colocado em prática.

E enquanto a China não retoma as importações de carne bovina do Brasil, o mercado pecuário permanece instável. Os produtores estão enfrentando altos custos de manutenção dos animais em confinamento e os frigoríficos, remanejando suas escalas de abates diante da suspensão, o que impactou também no valor comercializado, que registrou leve queda. Em São Paulo (SP), a arroba do boi ficou entre R$ 302 e R$ 303. Em Dourados (MS), entre R$ 301 e R$ 302. Em Uberaba (MG), o boi gordo foi comercializado a R$ 300 a arroba. Em Goiânia (GO), a R$ 287 e em Cuiabá, em R$ 283.